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No encontro com Renan Calheiros e José Sarney, na semana passada, Lula comentou que havia ligado duas vezes para Michel Temer e o vice não atendeu. E não deve ser por medo de grampo.

O vice presidente já havia avisado ao PT que o PMDB não faria mais parte da base do governo. Na tarde desta terça (29) o PMDB aprovou por aclamação a saída da base aliada e entrega de todos os cargos. O gesto evidencia cada vez mais o isolamento do PT. Outros partidos menores da base, agora deverão seguir o gesto do PMDB. O PSD do ministro Gilberto Kassab, até agora um fiel aliado, liberou seus deputados para votarem da forma que desejarem no processo de Impeachment.

ISOLADA, DILMA DELEGOU ARTICULAÇÃO A LULA
Sem interlocução com Temer, Dilma delegou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tarefa de tentar se aproximar do vice. Na semana passada, o petista não obteve sucesso na empreitada. Temer nem sequer atendeu aos telefonemas do ex-presidente. Uma nova tentativa deve ser feita nesta segunda-feira, mas há pouca esperança que isso altere o quadro já desenhado.

Até mesmo a nomeação de Lula para a Casa Civil já é vista, no Planalto, como algo que perdeu o sentido. Com o caso dependendo de uma posição do Supremo Tribunal Federal – o que não deve acontecer nesta semana -, a saída vai ser o ex-presidente atuar como interlocutor informal do governo, como já vem fazendo. A avaliação, porém, é de que Lula já não mostra a mesma influência de outrora.

O isolamento do PT, acelera o troca troca de cargos na Esplanada, no melhor estilo "toma-lá-dá-cá" de governos recentes que se viram em amus lençois. A prática sempre sempre foi criticada pelo PT.

Com o governo abrindo o cofre para assegurar apoio político, a crise financeira se acelera e a inflação tende a crescer ainda mais. O déficit em conta corrente pode chegar a 100 bilhões de reais este ano, conforme já anunciado pelo Ministério da Fazenda.



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