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unnamedSeria a glória do par petista mais famoso do Brasil. Tomar Itaipu para recomeçar a operação política do PT e oposições no estado era o grande sonho da dupla. Qual o que. Tudo vai mal e dá errado na vida do outrora “casal 20” da Esplanada dos Ministérios – a senadora Gleisi Helena Hoffmann (PT) e o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva, do PT. Em um dia a senadora petista teve seu nome envolvido na Operação Pixuleco II, décima oitava fase da Operação Lava-Jato, no outro viu o marido perder o emprego mais cobiçado da República, a direção-geral da Itaipu Binacional.
Salário em dólar, mordomias incríveis e possibilidades infinitas. Itaipu não é fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União, é uma empresa binacional, tem regime próprio, nem o juiz Sérgio Moro pode por o bedelho na área. Bom repetir. Diante dos devastadores efeitos colaterais da Lava-Jato, a presidente Dilma Rousseff suspendeu a nomeação do ex-ministro para a direção-geral brasileira da binacional Itaipu.
De acordo com assessores presidenciais, a nomeação estava pronta na Casa Civil desde a semana passada, faltando apenas ser publicada, mas Dilma mandou segurar a indicação após o ex-ministro ter o nome citado na Pixuleco II, no rastro de um esquema de corrupção investigado no Ministério do Planejamento.
Auxiliares de Dilma já comunicaram ministros e dirigentes petistas sobre a decisão, já que a presidente quer esperar os desdobramentos das investigações da Lava-Jato antes de confirmar o petista à frente de Itaipu.
Paulo Bernardo foi ministro do Planejamento do governo Lula e ocupou a pasta das Comunicações no primeiro governo Dilma. Ele é casado com a senadora e ex-ministra da Casa Civil, também investigada na Lava-Jato sob a acusação de ter recebido R$ 1 milhão do esquema de corrupção que ficou conhecido como Petrolão.
Na última segunda-feira (24), o juiz federal Sergio Fernando Moro enviou despacho ao Supremo Tribunal Federal afirmando que as investigações da Lava-Jato identificaram “indícios de que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) seria beneficiária de valores de possível natureza criminosa”, recebendo “pagamentos sem causa”.
De acordo com o documento, Gleisi teria se beneficiado do chamado “Fundo Consist”, empresa que teria atuado no desvio de recursos a partir de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, à época comandado por Paulo Bernardo.




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