Terremotos,
poeira letal, o efeito lunar sobre o nosso sono e magnetismo sumido são
apenas alguns dos mistérios mal-explicados do corpo celeste.
A
Lua é a companheira mais próxima do nosso planeta em suas viagens pelo
espaço e é o único corpo celestial (além da Terra, claro) que os seres
humanos tiveram a oportunidade de visitar pessoalmente até agora. Ainda
assim, mesmo com toda a sua proximidade e familiaridade, nosso satélite
ainda esconde muitos segredos.De
seus aspectos científicos mais estranhos até as múltiplas formas em que
afeta as nossas vidas, a Lua é um mistério que definitivamente vale a
pena conferir de perto. Por esse motivo, você vê a seguir 11 dos fatos
mais curiosos sobre o nosso querido satélite.
1 - Tremores lunares
Ainda
que seja pouco mais que um grande pedaço de rocha com pouquíssima
atividade geológica, a Lua também tem seus chacoalhões. Esses movimentos
similares a terremotos são divididos em quatro categorias, sendo as
três primeiras (tremores profundos, vibrações por impactos de meteoritos
e movimentos termais causados pelo calor do Sol) relativamente
inofensivas.
Já
a quarta variante (tremores “rasos”) pode ser bastante desagradável,
chegando a 5,5 graus na escala Richter e durando por incrivelmente
longos 10 minutos. De acordo com a NASA, outro efeito deles é fazer a
Lua “soar como um sino”. E o mais assustador é que não fazemos ideia do
motivo por trás dos terremotos, já que o satélite não possui placas
tectônicas ativas.Alguns
pesquisadores acreditam que as ocorrências podem estar relacionadas às
atividades das marés na Terra, que são causadas pela atração lunar. No
entanto, essa teoria se demonstra inconclusiva, já que as forças
marítimas afetam a Lua como um todo e os tremores acontecem em locais
específicos.
2 – O “planeta gêmeo”
2 – O “planeta gêmeo”
A
maioria das pessoas acredita que a Lua é, bem, uma simples lua, mas há
quem diga que, na realidade, o satélite deveria ser classificado como um
planeta. O principal motivo para isso é o tamanho do corpo celeste,
que, embora tenha cerca de um quarto do diâmetro da Terra, é de longe o
maior satélite natural em comparação ao seu planeta no nosso Sistema
Solar.
Por
conta de seu grande tamanho, a Lua não orbita a Terra propriamente
dita. Na verdade, ambos os corpos giram um em torno do outro,
concentrados em um ponto entre os dois (chamado baricentro). Como essa
região está localizada na crosta terrestre, temos a ilusão de que o
“satélite” nos rodeia. O fato do baricentro estar dentro do nosso
planeta é o único elemento que impede a classificação de ambos como
planetas gêmeos.
3 – Lixo lunar
3 – Lixo lunar
Todos
sabem que o homem já pisou na Lua, mas poucas pessoas foram informadas
de que ele tratou o lugar como uma área de piquenique. Ao longo dos
anos, os astronautas que visitaram o satélite conseguiram o feito de
largar por lá estimados 181.437 kg de objetos feitos por nós. Mas se
acalme, pois não é como se eles estivessem sujando e tacando cascas de
banana no chão de propósito.
A
maioria do lixo é detrito resultante de vários experimentos, sondas
espaciais e equipamentos lunares que passaram por lá em algum momento.
Na realidade, alguns desses itens continuam funcionais até hoje. Ainda
assim, é fato que há um pouco de lixo de verdade, como os containers
guardando as fezes dos astronautas. Nojento.
4 – A Lua é um cemitério
4 – A Lua é um cemitério
Eugene
“Gene” Shoemaker, um famoso astrônomo e geólogo, foi uma espécie de
lenda em seu campo de atuação. Foi ele quem desenvolveu a pesquisa de
impactos cósmicos e criou os métodos e as técnicas que os astronautas da
Apollo usaram para estudar a Lua. O próprio cientista desejava ser um
viajante espacial, mas foi recusado por um pequeno problema de saúde.
Sabendo
que essa foi a maior decepção da vida de Shoemaker, após a sua morte a
NASA realizou um de seus maiores desejos e enviou suas cinzas junto ao
Lunar Prospector em 1998. Os restos mortais do pesquisador continuam lá
até hoje, espalhados em meio à poeira lunar.
5 – Anomalias
Algumas
das fotos tiradas por vários veículos que a visitaram mostram coisas
bastante esquisitas na superfície da Lua. Muitas dessas imagens parecem
exibir objetos artificiais que variam de pequenas formas similares a
latas e tambores até coisas como o “Fragmento”, uma enorme estrutura que
tem no mínimo 1,6 km de altura.
De
acordo com entusiastas do paranormal, há até mesmo um grande castelo
suspenso muito acima da superfície da Lua, indicando uma civilização
avançada que viveu no satélite e que teria construído tais estruturas. A
NASA nunca se deu ao trabalho de desmentir essas teorias, mas é muito
provável que isso se deva ao fato de que as imagens que mostram esses
“indícios de vida” tenham sido montadas pelos teóricos de conspiração.
6 – Pó lunar
Um
dos perigos mais surpreendentes do nosso satélite é a sua poeira. Assim
como a areia da terra, a substância do corpo celeste entra em todos os
lugares imagináveis, com o agravante de ser fina como farinha,
extremamente áspera e, graças a essa textura e à baixa gravidade, grudar
em absolutamente tudo.
A
NASA já passou por muitos problemas causados pelo pó da Lua, que abriu
buracos nas botas de astronautas, bloqueou seus visores, entrou com as
roupas espaciais nas naves e causou febre em que a inalou. Acredita-se
que uma exposição prolongada poderia causar falhas no isolamento de ar e
até quebrar os trajes de exploração do espaço. E caso você tenha ficado
imaginando: sim, a poeira tem o cheio de pólvora usada.
7 – Dificuldades com baixa gravidade
7 – Dificuldades com baixa gravidade
Embora
a força seja apenas um sexto do que é na Terra, a movimentação na
superfície da Lua não é de forma alguma uma tarefa simples. Segundo o
astronauta Buizz Aldrin, as roupas desajeitadas e a camada de pó que
fazia seus pés afundarem em 15 cm dificultaram bastante as caminhadas.
A
menor gravidade diminui o atrito entre os corpos e a superfície lunar, o
que faz com que os corpos tenham uma grande força de inércia. Isso,
portanto, causou complicações quando os astronautas queriam se mover
rápido ou mudar de direção. Se os exploradores quisessem realmente ir
mais rápido do que com passos lentos, eram forçados a se mover em saltos
grandes e desajeitados, o que também não é facilitado pelo terreno
irregular cheio de crateras.
8 – A origem da Lua
Embora
ninguém possa falar com certeza de onde veio o satélite, existem cinco
teorias de peso sobre o assunto. A Teoria da Fissão argumenta que nossa
lua era uma parte da Terra que em algum momento não identificado do
passado se separou do fundo da região do oceano Pacífico. Já a da
Captura diz que a Lua estava simplesmente vagando pelo espaço quando foi
presa pelo nosso campo gravitacional.Outras
duas hipóteses falam que o corpo celeste ou foi condensado a partir de
asteroides ou se formou após a colisão do nosso planeta com outro do
tamanho de Marte. A teoria mais aceitável até o momento, no entanto, é a
do Impacto Gigante, que diz que um planeta em formação chamado Theia
bateu na Terra, dando origem a uma nuvem de detritos que eventualmente
se transformou na Lua.
9 – Influência no sono
9 – Influência no sono
Que
o satélite e nosso planeta se influenciam mutuamente, é algo que não há
como negar, mas um momento de grandes debates são os efeitos do astro
sobre os seres humanos. Há quem diga que a lua cheia é capaz de trazer à
tona os comportamentos mais estranhos de uma pessoa, mas a única coisa
que a ciência confirma é que há uma boa chance de que o corpo celeste
altere nosso ciclo de sono.
De
acordo com um estudo baseado em voluntários da Universidade de Basel,
na Suíça, as fases da lua afetam – e confundem – os ciclos de sono dos
humanos de uma forma claramente mensurável; segundo esse estudo, nossas
piores noites costumam coincidir durante a lua cheia. Se a pesquisa
estiver correta, essa é uma boa explicação de por que costumamos ver as
pessoas fazendo mais loucuras nas épocas em que Lua aparece com mais
clareza.
10 – Sombras lunares
10 – Sombras lunares
Quando
Neil Armstrong e Buzz Aldrin chegaram pela primeira vez ao então
desconhecido solo do satélite, prontamente fizeram a surpreendente
descoberta de que a falta de uma atmosfera faz com que as sombras lá
sejam bem mais escuras que as de cá. Quando colocavam seus pés dentro de
uma sombra, eles ficavam completamente invisíveis, mesmo com o Sol
batendo forte sobre suas cabeças.
Embora
logo tenham notado que seus olhos podiam se adaptar à escuridão, o
contraste entre as áreas claras e as sombreadas continuou forte. As
coisas só ficaram mais estranhas quando eles perceberam que suas
próprias sombras tinham contornos luminosos, as quais posteriormente
descobriram serem causados pelo efeito de oposição – um fenômeno que faz
com que áreas negras pareçam cercadas por faixas de luz quando vistas
em certo ângulo do Sol.As
sombras da Lua causaram problemas em muitas das missões Apollo. Alguns
astronautas não conseguiram realizar suas tarefas de manutenção porque
suas próprias mãos bloqueavam a luz, enquanto outros se confundiram
achando que pousariam em uma ladeira íngreme e bateram no chão sem luz,
que parecia uma caverna profunda.
11 – Magnetismo misterioso
11 – Magnetismo misterioso
Um
dos mistérios mais duradouros do nosso satélite é a sua falta de campo
magnético – o que se provou um problema real quando descobriu-se que as
rochas lunares trazidas pelos astronautas nas décadas de 60 e 70 eram
magnéticas. Será que elas tinham origem alienígena? Como isso é
possível?
Hoje
a ciência já descobriu que a Lua costumava ter um capo magnético, mas
ainda não se chegou a um consenso sobre exatamente o que o fez
desaparecer, ficando a disputa entre duas teorias principais. Um time de
pesquisadores acredita que isso aconteceu por conta de movimentos
naturais do núcleo de ferro do astro, enquanto o outro defende que o
sumiço deve ter relação com uma série de impactos com grandes rochas
espaciais.
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