Dilma manda João Santana se virar e diz um solene “Não tenho nada com isso”
A Polícia Federal, no âmbito da Operação Lava Jato, investiga o possível uso de caixa dois na campanha de Dilma por meio de dinheiro não contabilizado repassado pela construtora.
Dilma Rousseff diz que a contabilidade de sua eleição em 2014 foi toda oficial e declarada à Justiça Eleitoral e que, se João Santana fez uso de caixa dois como aponta a investigação da Operação Lava Jato, a responsabilidade é do seu então marqueteiro, hoje preso, e não de sua campanha.
O receio do governo, segundo assessores, é sobre a origem do dinheiro vivo entregue à mulher de Santana, Mônica Moura, pela construtora Odebrecht, de acordo com as investigações.
A PF busca comprovar que os recursos seriam provenientes de pagamentos de propina obtidas por obras tocadas pela empresa em contratos com a Petrobras e outras estatais, como as do setor elétrico.
Neste caso, o temor é que o dinheiro possa ter sido entregue pela construtora ao marqueteiro por orientação de alguém do PT, o que é a principal suspeita dos investigadores da Lava Jato.
Em depoimentos de sua delação premiada, a secretária da Odebrecht Maria Lúcia Tavares afirmou que negociou entregas de dinheiro vivo para emissários da Pólis, a empresa do marqueteiro.
Só numa das planilhas, que foi “traduzida” pela delatora aos investigadores em Curitiba, há indicação clara de que João Santana e a mulher receberam, por meio de emissários, R$ 21,5 milhões logo depois do segundo turno da eleição de 2014.
A suspeita de investigadores é que ao menos parte deste dinheiro, levantado pela Odebrecht junto a doleiros, foi usada para quitar dívidas de campanha da presidente Dilma em 2014.
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