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por Gerson Camarotti

Depois de duras críticas de ministros do Supremo Tribunal Federal rebatendo o discurso da presidente Dilma de que seu processo de impeachment representa um golpe, auxiliares mais próximos da petista estavam cautelosos em relação ao tom da fala nesta sexta-feira (21) na Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo assessores, Dilma fecharia a versão final do seu discurso na ONU durante o voo para Nova York.

Mas a reação de ministros do STF, como a do decano Celso de Mello, fez Dilma recuar de um tom mais contundente. Para Mello, a afirmação de Dilma representa um grande equívoco, além de ser uma perspectiva pessoal de sua linha de defesa.

Antes da viagem, auxiliares estavam divididos sobre a melhor linha a ser adotada pela presidente. Alguns interlocutores próximos avaliavam que poderia ter um efeito contrário usar a tribuna da ONU para falar em “golpe de Estado” no Brasil, principalmente depois da reação do Supremo. E que, portanto, seria melhor falar diretamente sobre o tema durante as entrevistas.

Na quarta (20), o ministro Jaques Wagner (chefe de gabinete) já tinha se posicionado no sentido de que Dilma seria mais direta nas entrevistas sobre a tese defendida pelo governo de que o afastamento dela do cargo é uma espécie de “golpe de Estado”.

Mesmo assim, Dilma cogitava falar em perseguição política no país durante o seu discurso na ONU. Mas há o reconhecimento interno de que seria difícil encaixar essa fala num discurso de apenas 5 minutos, em que o principal tema será a mudança climática do mundo, pois a fala será numa cerimônia de assinatura do Pacto da mudança do clima de Paris.



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