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No dia seguinte ao sofrer a primeira derrota no processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff avaliou na manhã desta segunda-feira (18) que ainda é possível barrar o impeachment no Senado Federal e considerou que o clima para uma votação na Casa Legislativa é "mais favorável" que na Câmara dos Deputados.

Em encontro com deputados federais da base aliada, a presidente informou que se reunirá ainda nesta segunda-feira com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).

O objetivo é tentar convencer o peemedebista a alongar o máximo possível a primeira fase do processo na Casa Legislativa, em esforço para evitar que os senadores sejam contaminados pelo clima favorável ao impeachment na Câmara dos Deputados.

Pela manhã, a presidente recebeu a bancada federal do PCdoB. Mais tarde, reuniu-se com líderes da base aliada que votaram contrário ao impeachment.

Segundo relatos, a presidente está "serena" e "confiante". Ela disse que pretende se dedicar ao corpo a corpo também no Senado Federal.

Com a perspectiva de derrota, o Palácio do Planalto se antecipou e iniciou ofensiva sobre senadores da base aliada desde a semana passada.

Ao longo da última semana, ministros e assessores presidenciais fizeram conversas com senadores de partidos como PR e PMDB.

Para que o Senado Federal seja autorizado a abrir o processo contra a presidente, determinado seu afastamento temporário do cargo por até 180 dias, será necessário o apoio de metade mais um dos senadores presentes em plenário.

O Palácio do Planalto não tem esperanças de conseguir uma vitória nessa etapa e já admite a possibilidade da petista ficar afastada no período. Na fase seguinte, no entanto, o governo federal ainda tem expectativa de vitória.

Para perda de mandato da petista, a etapa final do processo de impeachment, são necessários os votos de 54 dos 81 senadores. A equipe da presidente calcula contar de partida com o apoio de 18 senadores. Para conseguir impedir o afastamento, portanto, necessitaria de pelo menos mais 10.

Nesse esforço, a presidente pediu aos ministros Kátia Abreu e Eduardo Braga, ambos do PMDB, que se licenciem do cargo e retomem seu mandatos como senadores. Além disso, o governo federal contabiliza que pode conseguir mais três votos no PP e no PR.

O restante teria de ser conquistado entre senadores peemedebistas, dos quais sete ainda não declararam posição oficial.



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