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Dilma Rousseff chamou de 'ridícula' denúncia do pedido de impeachment .
Em discursos, dirigentes da Saúde criticaram processo de afastamento.


A presidente Dilma Roussef durante cerimônia de anúncio da prorrogação do programa Mais MédicosA cerimônia de prorrogação dos contratos de médicos brasileiros formados no exterior e de estrangeiros no programa Mais Médicos, realizada nesta sexta-feira (29) no Palácio do Planalto, se transformou em mais um ato de apoio à presidente Dilma Rousseff e de críticas ao processo de impeachment que ela é alvo no Congresso Nacional.

Dirigentes do Ministério da Saúde e a própria presidente da República usaram seus discursos no evento para atacar o processo de afastamento em curso no parlamento. Cercada por uma plateia de simpatizantes do governo, Dilma voltou a chamar o processo de "golpe" e disse que a acusação contra ela que consta no pedido de impeachment apresentado pelos juristas Miguel Reale Jr., Hélio Bicudo e Janaina Paschoal é "ridícula".

"Tenho clareza que é ridícula a acusação [de que ela cometeu crime de responsabilidade], porque o que fizemos foi garantir programas sociais e garantir programas como o Plano Safra e o programa de sustentação de investimento para a indústria. Há um processo em curso e tem nome: o nome é golpe", discursou a presidente, referindo-se às acusações que embasam o pedido de impeachment protocolado no Legislativo pelos três juristas.

Ao ser anunciada pelo mestre de cerimônias do evento, a presidente foi recebida pelos convidados que lotavam o salão do Planalto com palavras de ordem, como "Dilma, guerreira do povo brasileiro", "fica, querida" e “não vai ter golpe e vai ter luta”.

Antes de Dilma discursar na solenidade, o ministro interino da Saúde, Agenor Álvares, lembrou que, em 2014, ano em que o Mais Médicos foi lançado, o governo teve de enfrentar dura resistência de parte da classe médica brasileira, que era contrária à contratação de médicos estrangeiros para atuar dentro do país.

Sem citar diretamente a crise política que o país enfrenta ou o processo de impeachment em tramitação no Congresso Nacional, o ministro interino disse que somente um governo "legitimado" tem a “coragem” de dizer que tem “compromisso” com a população e com a saúde.

“E o compromisso do governo com a saúde não é uma mera formalidade. […] O SUS foi uma luta e um direito conquistado pelo povo brasileiro, e somente uma guerreira como a presidenta teria a coragem de lançar um programa como este. As pessoas estão aqui, presidenta, para trazer o apoio delas – em qualquer momento – a este programa e à senhora”, declarou Agenor Álvares.

Na sequência, o secretário de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Heider Pinto, que apresentava os dados do programa Mais Médicos, se dirigiu a Dilma e afirmou que a presidente “representa” e “inspira” a população porque foi eleita.

“Desde a juventude, a senhora entregou sua vida à luta por liberdade, democracia e um país mais justo. […] E os mais de 65 milhões de beneficiários do programa Mais Médicos jamais aceitarão qualquer retrocesso. […] Nenhum passo atrás”, disse Pinto, sendo aplaudido de pé pela plateia.

Outro discurso de apoio à presidente foi feito pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Ferreira. O dirigente do Ministério da Saúde atacou o que ele classificou de “golpe em curso no Brasil".

“É o interesse público que está sendo subordinado à vontade dos que não exitam em prejudicar a economia e a imagem internacional do país”, destacou Ferreira.



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