Raúl Castro, o ditador cubano, disse neste sábado, durante o Congresso do Partido Comunista, em Havana, que o Brasil e outros países da América Latina enfrentam uma contraofensiva de grupos que querem tirar os ‘progressistas’ do poder.
Castro disse que essas forças ‘reacionárias’ não descartam táticas golpistas que visam a destabilização da esquerda na região. Para ele, é preciso enfrentar a situação com ações revolucionárias para deter o ‘retorno do neoliberalismo’.
Anteriormente Cuba já havia manifestado o seu apoio ao líder do Partido dos Trabalhadores e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff, considerando que ambos são alvo de ações judiciais e parlamentares “injustificáveis e desproporcionais”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano disse ainda que o ataque contra a Constituição e a democracia no Brasil também visa a “derrubar o legítimo governo da presidenta Dilma Rousseff e liquidar o processo progressista regional”.
“Com estes métodos sujos, setores dos aparelhos policiais, legislativos e judiciários de alguns Estados da nossa região, em estreita aliança com grupos transnacionais da comunicação, as oligarquias e o imperialismo, pretendem impor, por via da força, pessoas que não foram capazes de vencer as eleições nas urnas”, acrescenta.
Cuba tem uma longa tradição de se meter em assuntos de outros países, chagando a participar de ações armadas na Bolívia e em Angola no século passado. Recentemente, ajudou o ditador Hugo Chavez da Venezuela, morto em 2013, a recuperar o poder após um golpe que o derrubou do poder.
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