Em conversa com Sarney, Machado afirma que a delação premiada da Odebrecht atingiria Dilma, pois ela teria tratado diretamente com a construtora solicitando pagamento a Santana. Na nota, Dilma afirma que os pagamentos ao publicitário na campanha de reeleição foram “regularmente contabilizados na prestação de contas aprovadas pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”.
“Os valores destinados ao pagamento do publicitário, conforme indica a prestação de contas, demonstram por si só a falsidade de qualquer tentativa de que teria havido outro pagamento não contabilizado para a remuneração dos serviços prestados”, afirma a nota.
Dilma diz ainda que acha “curioso” que pessoas que estavam distantes da coordenação de sua campanha presidencial possam dar informações de “como foram pagos e contabilizados os recursos arrecadados legalmente para a sua realização”. De acordo com a presidente afastada, comentários em conversas entre terceiros não indicam a origem das informações e não têm credibilidade.
Dilma Rousseff qualificou como “escusas” e “direcionadas” o que chamou de tentativas de envolver o seu nome em situações das quais ela nunca participou. Segundo a presidente afastada, as tentativas “só se explicam em razão de interesses inconfessáveis”.
Desde o último dia 23, quando a Folha de S.Paulo divulgou o conteúdo de conversas de Sérgio Machado com o agora licenciado ministro do Planejamento, Romero Jucá, os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro têm causado turbulência política. Nos dias que se seguiram, o jornal divulgou novas conversas de Machado, dessa vez em conversas com Renan e Sarney.
O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, homologou ontem (25) o acordo de delação premiada de Machado.
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