Os financiamentos concedidos a países estrangeiros, para abrir caminho a empreiteiras brasileiras no exterior, embutem bilhões de dólares em subsídios oferecidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A cifra beira os US$ 5 bilhões, (mais de R$ 15 bilhões pelo câmbio atual) e representa quase a metade do volume de recursos que o banco emprestou desde 2007, que foi de US$ 11,9 bilhões (lembrando novamente que são dados divulgados pelo PT).
Nos anos do PT, o BNDES não mediu esforços para apoiar empresas brasileiras nos países "amigos". A Venezuela, por exemplo, recebeu o subsídio mais gordo: US$ 1,4 bilhão em quatro operações. O país fez uma emissão de títulos em agosto de 2010, com prazo de 12 anos. Na época, já seguia a cartilha controversa de Hugo Chávez (falecido em 2013), como medidas intervencionistas no mercado interno e um discurso anti-imperialista na cena internacional. Por ser considerado um país arriscado, a taxa de juros da emissão foi de dois dígitos: 12,75%. Em dezembro daquele ano porém, o BNDES assinou um empréstimo, com prazo idêntico ao da emissão. A taxa, porém, foi bem menor: 4,45%. Coisa de companheiros!
Taxas generosas também foram oferecidas a países africanos.
Gana é outro exemplo ilustrativo: Fez uma emissão de títulos em julho de 2013, com prazo de dez anos. O mercado aceitou o título a uma taxa de 8%. Por coincidência, naquele mesmo ano e mês, o BNDES deu um financiamento a Gana com o mesmo prazo, dez anos. A taxa, porém, foi de apenas 2,80%. "O presidente do BNDES já argumentou várias vezes que concorrentes como a China levariam contratos em países emergentes se o BNDES não fizesse essas operações.
Outros exemplos não faltam: O porto de Mariel em Cuba, a termoelétrica na Bolívia, a renegociação dos valores pagos ao Paraguai pela energia de Itaipu, o preço do gás da Bolívia e etc...
Durante a administração do PT, os contratos foram mantidos no mais absoluto sigilo. Agora, com a auditoria do novo governo, os dados virão a tona. E é por isso que os países bolivarianos fazem tanto escarcéu. Pretendem não pagar o dinheiro emprestado. Pretendem socializar de vez o erário brasileiro.
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