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Em entrevista, Dilma Rousseff comentou sobre a adoção do termo "golpe" para se tratar sobre o impeachment que a afastou do governo. Além de insistir na questão da ausência do crime de responsabilidade que justificasse de fato o processo, a presidente afastada apontou para o fato de que outros golpes, ao longo da história, eram tipicamente militares, mas que isso mudou hoje em dia.

"E eu vou levar até o extremo essa contradição. Sinto muito, sabe, sinto muuuuito se uma das características deste golpe é detestar ser chamado de golpe", frisou Dilma.

"As razões do impeachment estão ficando cada vez mais claras", continuou Dilma sorrindo à jornalista, que a entrevistou no sábado (28). "E elas não têm nada a ver com seis decretos ou com Plano Safra [medidas consideradas crimes de responsabilidade]." - completou

"Fernando Henrique Cardoso assinou 30 decretos similares aos meus. O Lula, quatro. Quando o TCU disse que não se podia fazer mais [decretos], nós não fizemos mais. O Plano Safra não tem uma ação minha. Pela lei, quem executa [o plano] são órgãos técnicos da Fazenda", continou, afirmando que acredita ainda ser possível barrar o impeachment no Senado, principalmente devido aos detalhes que têm surgido sobre as motivações reais para a aprovação do impedimento.

"As conversas [com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, divulgadas na imprensa] provam o que sistematicamente falamos: jamais interferimos na Lava Jato. E aqueles que quiseram o impeachment tinham esse objetivo. Não sou eu que digo. Eles próprios dizem", alegou Dilma.

Para Dilma, além de servir como algo para barrar as investigações da Lava Jato, o impeachment também serviu para "colocarem em andamento uma política ultraliberal em economia e conservadora em todo o resto".



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