"O último dia do meu mandato é 31 de dezembro de 2018", disse Dilma a milhares de simpatizantes durante a 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.
"Vou lutar [contra o impeachment] com todas as minhas forças, usando todos os meios disponíveis, meios legais, meios de luta", afirmou a primeira mulher presidente do Brasil, a menos de 24 horas de o Senado decidir se abre ou não um julgamento político contra ela, afastando-a do poder por até 180 dias, enquanto a julga.
"Os dois proporcionaram ao País esta espécie moderna de golpe. Um golpe feito não com as armas, com baionetas, mas um golpe que rasga a nossa Constituição", denunciou.
Para ela, Temer e Cunha usaram "o processo de impeachment para fazer uma espécie de eleição indireta, na qual o povo é apartado e não participa".
Dilma Rousseff é acusada de cometer "crime de responsabilidade" por ocultar déficits orçamentários com empréstimos de bancos estatais durante sua campanha à reeleição e nos primeiros meses de seu segundo mandato.
A presidente insiste em que seus antecessores fizeram as mesmas manobras fiscais e garante ser vítima de um "golpe parlamentar".
"Sou 'um tipo de vítima', assim como muitas mulheres brasileiras, afirmou esta ex-guerrilheira de 68 anos, que foi torturada durante a ditadura militar (1964-1985).
"Somos vítimas, porém lutadoras. Vítimas que não desistem, com capacidade de luta", concluiu, sorridente.
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