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O jornal inglês Financial Times trouxe em sua edição desta quarta-feira (25) uma matéria onde cita Tancredo Neves, eleito presidente do Brasil em 1985, que veio a falecer antes de tomar posse, e comparava a política ás nuvens, que mudam a todo instante.

A reportagem fala que ele parecia prever os dias de hoje. Michel Temer, é presidente interino ha apenas duas semanas e o cenário político já mudou totalmente. Na segunda-feira (23), Romero Jucá, o ministro do Planejamento, renunciou após ser envolvido em um escândalo de gravação telefônica onde fala sobre irregularidades envolvendo o caso de investigação Lava-jato e deixa o processo de impeachment da presidente Dilma em estado de suspense sobre sua real motivação.

Este é o primeiro grande revés do presidente interino Michel Temer, conta o texto do Financial Times. Ele precisa ganhar a confiança dos investidores para que ele possa encontrar um caminho para sair da pior recessão do Brasil. Mas ao invés disso, a gravação de Jucá levanta questões legítimas sobre os motivos por trás do impeachment já controverso da presidente Dilma Rousseff.

Mas seguindo o raciocínio de Tancredo, de que a política é como as nuvens, o presidente interino poderia seguir adiante, sem problemas com as possíveis mudanças que estão por vir, tendo em seu gabinete mais sete políticos acusados em diversos processos?, questiona o jornal britânico Financial Times.

Financial Times conclui neste artigo que Brasília é um poço fervilhante de políticos comprometidos. E acrescenta que poucas pessoas sabem disso melhor do que o Sr. Temer, que está no Congresso há quase 30 anos. Ele sabe dos riscos envolvidos na nomeação de ministros comprometidos.

O jornal comenta que é notável é que o Sr. Temer não tenha protegido Jucá. Financial Times alerta que não o considera nenhum santo, mas ressalta que ele não tem obstruído a investigação de corrupção da Petrobras até agora.

Financial Times acrescenta que Isso enfraquece os argumentos, inclusive do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o processo de impeachment foi um "golpe" liderado por um estabelecimento corrupto querendo bloquear o inquérito e salvar a sua pele. De fato, ironia das ironias, uma das falas da conversa gravada de Romero Jucá era supostamente estar buscando o impeachment de Dilma para proteger o próprio Lula.



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