Lindbergh age como moleque, interrompe fala e chama Senador Caiado de mentiroso

Lindbergh chamou Caiado de 'mentiroso' em sessão para ouvir convidados.
Caiado chamou colega para 'falar lá fora', e foi afastado de perto petista.

A sessão da comissão do impeachment foi suspensa por alguns minutos nesta segunda-feira (2) por conta de um bate-boca entre os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), que precisaram ser apartados. Lindbergh acusou o colega de "mentiroso" e Caiado o chamou para "falar lá fora".

A discussão começou quando Caiado lia o trecho de uma reportagem que, segundo ele, dizia que ordens internas dadas pelo Palácio do Planalto eram para apagar dados e arquivos dos computadores do governo federal para não deixar informações disponíveis para um eventual governo do vice-presidente Michel Temer.

Lindbergh o interrompeu e disse que ele estava mentindo. "Isso é mentira do Caiado. Mentir a essa hora da noite, pelo amor de Deus...", afirmou. O líder do DEM reagiu e respondeu que estava apenas lendo o que havia sido publicado em uma reportagem. "Isso está sendo publicado, abaixa a palavra. Estou lendo a matéria, está publicada. Não me venha chamar de mentiroso aqui", disse.

O petista revidou e repetiu: "Chamo de mentiroso, sim". Exaltado, Caiado ficou em pé e dirigindo-se a Lindbergh: "Fala lá fora", ao que Lindbergh repetia: "Mentiroso. Não está tratando com os funcionários da sua fazenda". Os dois foram afastados um do outro por colegas que se aproximaram de Caiado.

Diante do clima tenso, o silêncio tomou conta da sala da sessão e alguns parlamentares acalmaram os colegas. O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), suspendeu a reunião por dois minutos.

Sessão desta segunda-feira
A sessão da comissão do impeachment começou nesta segunda-feira pouco antes das 11h. Os três convidados tiveram um tempo para fazer suas exposições iniciais. O procurador Júlio Marcelo Oliveira, o juiz José Maurício Conti e o advogado Fábio Medina Osório disseram que a presidente cometeu crime de responsabilidade.

Após a fala deles, foi aberto espaço para perguntas do relator do caso, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), e para questões dos demais parlamentares, que têm até cinco minutos para falar.