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Em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que assinou um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República), o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) afirmou que uma delação premiada que a empreiteira Odebrecht estaria prestes a fazer na Operação Lava Jato "é uma metralhadora de [calibre] ponto 100".

O ex-presidente fez o comentário depois que Machado afirmou que o número de delações na Lava Jato iria aumentar, viriam "às pencas".

Sarney também relacionou a Odebrecht a uma ação que a presidente afastada Dilma Rousseff teria feito "diretamente" durante campanha eleitoral cujo ano não determinou.

"Nesse caso, ao que eu sei, o único em que ela [Dilma] está envolvida diretamente é que falou com o pessoal da Odebrecht para dar para campanha do... E responsabilizar aquele [inaudível]".

Indagado pela Folha também sobre essa frase, o ex-presidente respondeu nesta quarta-feira (25) em nota que, "não tendo tempo nem conhecimento do teor das gravações, não tenho como responder às perguntas pontuais".

Nas conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro, esta é segunda vez que um alto político do PMDB menciona que uma eventual delação da empreiteira Odebrecht iria atingir a presidente afastada Dilma. Em conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), revelada pela Folha, Sérgio Machado indagou: "Mas, Renan, com as informações que você tem, que a Odebrecht vai tacar tiro no peito dela [Dilma], não tem mais jeito". O senador concordou: "Tem não, porque vai mostrar as contas".

Mais adiante, na conversa com Machado, José Sarney disse que em "tudo isso", em referência aos escândalos na Petrobras revelados pela Operação Lava Jato, era de responsabilidade do governo. "Esse negócio da Petrobras, só os empresários que vão pagar, os políticos? E o governo que fez isso tudo, hein?", indagou o ex-presidente. Sérgio Machado, em resposta, disse que Lula "acabou".

"O Lula acabou, o Lula coitado deve estar numa depressão", concordou o ex-presidente.

"Não houve nenhuma solidariedade da parte dela", alegou Machado, ao que Sarney confirmou, criticando o juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba (PR): "Nenhuma, nenhuma. E com esse Moro perseguindo por besteira".

OUTRO LADO
Procurado nesta quarta-feira (25) para comentar as declarações de Sarney sobre Dilma, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, que atua na defesa da presidente afastada, não havia sido localizado pela Folha até a publicação deste texto.



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