Interlocutores mais próximos de Cunha admitem que ele teme ficar na mira do juiz federal Sérgio Moro.
A partir da renúncia, estaria convocada uma nova eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. "É melhor o Cunha perder o comando da Câmara, mas manter o mandato, do que ficar mais algum tempo nessa situação e ser cassado em seguida", disse ao blog um deputado com livre trânsito na residência oficial do presidente da Câmara.
A avaliação é que, se Cunha resistir à solução apresentada pelos aliados, o processo de cassação dele andará de forma rápida.
Afastamento
Cunha não deve se manifestar publicamente até que termine a sessão do STF, marcada para 14h desta quinta, em que os ministros devem discutir o afastamento de Cunha.
As primeiras pessoas que foram até a casa de Cunha para se reunir com ele nesta manhã foram os advogados, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), um dos principais aliados do presidente afastado, e o deputado Benjamin Maranhão (SD-PB). Em seguida, chegou o primeiro vice-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP).
Depois visitaram Cunha os deputados André Fufuca (PP-MA) e Alberto Filho (PMDB-MA). Por volta de meio-dia, outro aliado de Cunha na Câmara, Hugo Motta (PMDB-PB) entrou na residência oficial.
Diversos jornalistas foram para frente da residência oficial do Presidência da Câmara, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Alguns manifestantes, contrários a Cunha, também se dirigiram para o local. A Polícia Militar enviou policiais para reforçar a segurança na área.
Postar um comentário