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No final da manhã desta quinta-feira (5), deputados próximos de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) aconselharam que ele renunciasse ao cargo de presidente da Câmara. A estratégia está sendo montada para que ele possa, pelo menos, manter o cargo de deputado federal e, com isso, ter foro privilegiado e evitar ser investigado na primeira instância.

Interlocutores mais próximos de Cunha admitem que ele teme ficar na mira do juiz federal Sérgio Moro.

A partir da renúncia, estaria convocada uma nova eleição para a presidência da Câmara dos Deputados. "É melhor o Cunha perder o comando da Câmara, mas manter o mandato, do que ficar mais algum tempo nessa situação e ser cassado em seguida", disse ao blog um deputado com livre trânsito na residência oficial do presidente da Câmara.

A avaliação é que, se Cunha resistir à solução apresentada pelos aliados, o processo de cassação dele andará de forma rápida.

Afastamento
Logo no início da manhã, Cunha foi notificado da decisão liminar (provisória) do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que determinou a suspensão do mandato do parlamentar. Teori atendeu a pedido de dezembro da Procuradoria-Geral da República. Segundo o procurador-geral, Rodrigo Janot, Cunha estava atrapalhando as investigações da Operação Lava Jato.
Cunha não deve se manifestar publicamente até que termine a sessão do STF, marcada para 14h desta quinta, em que os ministros devem discutir o afastamento de Cunha.

As primeiras pessoas que foram até a casa de Cunha para se reunir com ele nesta manhã foram os advogados, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), um dos principais aliados do presidente afastado, e o deputado Benjamin Maranhão (SD-PB). Em seguida, chegou o primeiro vice-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP).

Depois visitaram Cunha os deputados André Fufuca (PP-MA) e Alberto Filho (PMDB-MA). Por volta de meio-dia, outro aliado de Cunha na Câmara, Hugo Motta (PMDB-PB) entrou na residência oficial.

Diversos jornalistas foram para frente da residência oficial do Presidência da Câmara, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Alguns manifestantes, contrários a Cunha, também se dirigiram para o local. A Polícia Militar enviou policiais para reforçar a segurança na área.



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