Os especialistas já sabem o que causa o infarto, da mesma forma que sabemos ser o mosquito aedes aegypti causador da dengue, febre chikungunya e vírus zika. “O cigarro, o colesterol alto, açúcar alto, a pressão alta, a obesidade e o sedentarismo são fatores que causam o infarto. Da mesma forma que nós estamos tentando acabar com o mosquito da dengue, nós precisamos conscientizar a população para tirar do seu cotidiano estes fatores de risco”, diz o médico.
No caso do jovem com histórico familiar propenso ao infarto, que pode também levar à morte súbita, é necessário ficar atento aos fatores de risco, mais do que as pessoas sem ocorrências do gênero na família. “ Mais recentemente foi observado a ocorrência de infartos em indivíduos muito jovens, abaixo até dos 40 anos. São indivíduos que usam drogas, sobretudo os que usam cocaína, que lesa o interior das artérias favorecendo o entupimento e levando ao infarto”, relata o especialista em doenças do coração.
O aconselhável para quem se insere neste universo de vida perigoso, independente de sexo, é se afastar dos fatores de risco. “ Que ele dose periodicamente o seu colesterol, que meça a sua pressão arterial, que meça a taxa de açúcar, que corrija essas taxas se estiverem elevadas, que faça um pouco de exercício e que controle o seu peso. Se ele fizer isso, ele vai diminuir, e muito, a chance de vir a ter um infarto. Para aqueles que têm história familiar, esses têm que ser mais rigorosos ainda, têm que manter uma assistência médica precoce, fazendo avaliações médicas regulares, a cada seis meses ou anual de acordo com a orientação do médico, para que ele possa fugir desse determinismo genético”.
De acordo com Dr. Jadelson Andrade, o infarto nos indivíduos abaixo dos 50 anos é muito mais agressivo e geralmente levam à morte súbita ou a donos muito graves no coração. “Isto porque o indivíduo a medida que vai envelhecendo, o organismo vai desenvolvendo circulação colateral que protege contra o entupimento das artérias principais. O jovem não tem essa proteção natural e, um outro fator, pelo seu vigor físico faz atividades físicas mais rigorosas, não tem as limitações que o idoso tem e muitas vezes faz atividades físicas mais exuberantes, num momento de estresse mais acentuado, e isto leva normalmente às situações mais complexas”.
A médica cardiologista Lucélia Magalhães concorda plenamente com todas as observações e orientações do colega e acrescenta que o homem é “ mais vulnerável do que a mulher com relação ao infarto do miocárdio, porque a mãe natureza protege a fábrica, que são as mulheres”, e reforça ser fundamental “não fumar em hipótese alguma, fazer atividades físicas, medir periodicamente o açúcar no sangue e a pressão arterial. A glicemia tem que estar abaixo de 100 e a pressão abaixo de 14.9. E buscar consultar sempre o médico é fundamental para manter a saúde plena’.
Postar um comentário