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A convocação do PT e do líder do MST, João Pedro Stédile para que militantes participassem das manifestação em todo o Brasil fracassou. Envergonhados pelo fato de Lula ter se tornado réu na Lava Jato, os petistas resolveram ficar em casa na maior parte do país. O próprio Lula, que prometia participar do ato no largo da Batata, em Pinheiros, na capital paulista, desistiu de comparecer e preferiu ficar em casa, reunido com seus advogados.

A Frente Povo Sem Medo, formada por entidades como MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e CUT (Central Única dos Trabalhadores), além de partidos como PT e PC do B, chegou a convocar atos mais tímidos para este domingo apenas no Rio, Fortaleza, João Pessoa, Curitiba, Goiânia, Recife, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. Todos os atos fracassaram.

Em Goiânia, o ato foi coordenado pela Frente Povo Sem Medo, movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos reuniu apenas 500 pessoas, segundo a organização. Em todo o Brasil, a frente conseguiu mobilizar cerca de 3 mil pessoas a favor da presidente afastada Dilma Rousseff e contra o presidente interino Miechel Temer.

O líder do MTST, Guilherme Boulos, ainda pela manhã, nutria a esperança de que iria conseguir atrair um número razoável de manifestantes para o ato em São Paulo, com concentração no Largo da Batata, em Pinheiros. Vários ônibus foram alugados para trazer manifestantes de regiões da periferia de São Paulo. Até as primeiras horas da tarde deste domingo, poucos demonstraram interesse em participar do ato, apesar da remuneração de até R$ 100 por pessoa.

Segundo a organização, mais de 60 mil pessoas passaram pela manifestação. As avenidas ao redor do Largo da Batata foram interditadas nos dois sentidos. A Polícia Militar ainda não informou sua estimativa de público, mas anunciou que o fará ainda neste domingo.

A candidata a prefeita de São Paulo Luiza Erundina (PSOL) discursou no carro de som contra o presidente interino, Michel Temer. "Tem alguém que nada fez pelo país e está traindo a vontade popular", disse ela. "Vamos continuar nas ruas para que o golpe não se consuma. Temos a maioria, que é o povo trabalhador."

No local, muitos manifestantes carregavam bandeiras com o logo da Petrobras e dizeres "o pré-sal é nosso" e "não estamos à venda". Militantes discursaram contra a venda de ativos da empresa, como um campo de pré-sal.

A vice-prefeita Nádia Campeão e o ex-senador Eduardo Suplicy também participam do protesto. Na chegada, Suplicy foi tratado como celebridade, fazendo selfies com manifestantes. Muitos perguntavam sobre sua detenção há poucos dias, por resistir contra uma desocupação.

O senador Lindberg Farias (PT-RJ) discursou contra os meios de comunicação, acusando-os de apoiar um "golpe". "Nós não jogamos a toalha, nós acreditamos que podemos derrotar o impeachment no Senado", disse Lindberg. "Se Eduardo Cunha for cassado e preso, esse Michel Temer não fica um dia no poder."



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