Na nota, publicada no site do partido, Falcão diz que o partido "reafirma seu compromisso integral na luta pelo retorno à Presidência da companheira Dilma".
Apesar da manifestação pública, integrantes da cúpula do PT reconhecem "uma fadiga" para a defesa do mandato de Dilma.
Dirigentes do partido ouvidos pela Folha afirmam que, se aprovado o afastamento definitivo de Dilma da Presidência, ela não deverá participar de campanhas eleitorais, dedicando-se à sua própria defesa.
Petistas admitem também que a imagem de Dilma poderá prejudicar candidatos do PT nas eleições municipais. O partido deverá se reunir nesta semana para discutir se ela terá alguma aparição na propaganda eleitoral dos candidatos a prefeito.
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é um dos que resistem à ideia de contar com Dilma em sua campanha à reeleição.
ENTREVISTAS
Mesmo após um movimento de aproximação de Dilma com o partido, petistas ficaram contrariados com o fato de, em entrevistas recentes, ela responsabilizar o PT pelo suposto pagamento ao marqueteiro João Santana com recursos de caixa dois.
Para dirigentes do partido, Dilma poderia se eximir de responsabilidade, mas deveria evitar transferi-la diretamente ao partido.
Na nota publicada no site do PT nesta segunda, Falcão chama de "invencionices" informações sobre o suposto abandono de Dilma. Falcão diz que essa é uma "versão forjada" pelo que chama de apoiadores do golpe interessados na "continuidade do governo usurpador" e por "setores da mídia monopolizada".
"O PT repele e desmente mais esta invencionice, sustentada por fontes anônimas, e reafirma seu compromisso integral na luta pelo retorno à Presidência da companheira Dilma".
O secretário nacional de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, afirma, porém, que o partido "deve escolher que caminho tomar dentro de uma derrota: a conciliação, preparando-se para 2018, ou o combate ao golpe, reivindicando novas eleições".
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