A terra do Sarney não nega os filhos... Profundo conhecedor das leis, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), que deveria dar exemplo de retidão, iniciou a carreira política apoiado na ilicitude.
Foi assim quando se elegeu deputado federal com a compra de votos de lideranças da região dos Cocais e com o apoio do Palácio dos Leões, em 2006.
A Folha de São Paulo listou o nome de Empreiteiras, investigadas pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, que doaram cerca de R$ 39 milhões para campanhas de 19 governadores.
Pois bem, deste total, no topo da lista, a campeã em doações é a Construtora OAS que doou para 13 governadores eleitos a quantia de R$ 16,6 milhões. E, segundo a Folha de São Paulo, o governador do Maranhão, Flávio Dino, teria recebido R$ 1,45 milhão desse total. (Veja ao lado)
Mas esses dados apresentados revelaram-se equivocados. Com informações extraídas das prestações de contas dos eleitos, Dino recebeu da OAS mais de R$ 3 milhões em doações, o que comprova sua ligação com ilicitudes.
Como sabemos, executivos da referida empresa foram presos na Operação Lava Jato, que desmonta um forte esquema de corrupção com desvios absurdos da Petrobras para pagamentos de propinas.
Da maior doadora da campanha de Flávio Dino, a OAS, foram presos José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS em São Paulo; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da construtora; o presidente da empresa, José Aldemário Pinheiro Filho; Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da companhia em São Paulo, e Alexandre Portela Barbosa, advogado da empresa.
Para o Ministério Público Federal parte dessas doações pode representar pagamento de propina para agentes públicos para a obtenção de vantagem indevida, sendo as doações formais de campanha mera estratégia de lavagem de capitais.
Com o desenrolar das investigações e as delações premiadas que os executivos da OAS aceitaram fazer, é possível que logo logo, o governador do Maranhão tenha muito que explicar.
E a triste sina do Maranhão, atrelado ao atraso e à corrupção continua...
Postar um comentário