Em meio ao imbróglio jurídico causado pela suspensão da posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deslocamento de Jaques Wagner para o gabinete da Presidência da República, a secretária-executiva chegou ao cargo com status de primeiro-ministro do Palácio do Planalto em uma situação de vácuo de poder.
Conhecida pelo gênio forte e pelo perfil de "gerentona" da máquina pública, a petista catarinense ganhou o apelido de "Dilma da Bahia" quando foi secretária estadual da Casa Civil entre 2007 e 2010, quando Jaques Wagner foi governador do Estado.
Na paradeira da economia e total despreparo governamental para reagir à crise, esta é a terceira integrante da "República da Bahia" a ser escalada para o primeiro escalão federal. Tirando Jaques Wagner, Wellington César Lima e Silva, procurador de Justiça da Bahia não resistiu mais que uma semana no cargo.
Assim como Dilma no segundo mandato presidencial de Lula, quando estava à frente da Casa Civil e recebeu o apelido de "mãe do PAC", Chiavon era a responsável por gerenciar o calendário de obras e projetos estaduais.
Na Casa Civil, quando Wagner era ministro, o papel dela era semelhante. Enquanto o ministro se dedicava à articulação política, sobrava a Chiavon cuidar da parte administrativa.
O perfil semelhante das duas que, segundo relatos perdem facilmente a paciência com subordinados, fez com que criassem afinidade. Para falar de questões burocráticas, Dilma costuma ligar diretamente para Chiavon.
Em 2012, no primeiro mandato da presidente, Jaques Wagner chegou a indicar a secretária-executiva para o comando do Ministério do Desenvolvimento Social, mas Dilma acabou mantendo Tereza Campello.
Antes de chegar à Casa Civil, Chiavon passou pelos ministérios do Trabalho, Planejamento e Defesa.
No último, foi a primeira mulher a exercer a secretaria-executiva da pasta e enfrentou resistência por parte de militares, que pediam em conversas reservadas sua saída do posto.
Será que o PT pretende emplacar outra Dilma em 2018?
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