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Construção da Arena Corinthians foi paga com 'estrutura para pagamento de propinas' da Odebrecht


A Operação Xepa - 26ª fase da Lava Jato - deflagrada nesta terça-feira (22), abre novas linhas de investigação do pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht em outras obras públicas, que extrapolam a Petrobras - foco inicial das investigações. As informações são da força-tarefa dessa operação, que concede nesta manhã, em Curitiba, entrevista coletiva para explicar a mais nova fase dessa operação, que é um desdobramento da 23ª fase, batizada de Acarajé e que teve como foco o marqueteiro do PT, João Santana, e sua mulher, Mônica Moura.

"Existe um sistema inclusive automático de controle desses pagamentos com distribuição de alçadas com pagamentos em setores de óleo e gás, infraestrutura, estádios de futebol, canal do sertão", afirmou o procurador da República Carlos Fernando Santos de Lima, durante a entrevista coletiva. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, a partir do material apreendido na 23ª fase foram descobertas planilhas de controle dos pagamentos de propina da Odebrecht. A empreiteira pagou pelo menos US$ 3 milhões em conta secreta do marqueteiro na Suíça.

Durante a coletiva, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, disse que a construção da Arena Corinthians foi viabilizada com o pagamento de propina pela Odebrecht. Ele disse que os rastros de repasses ilegais apareceram em planilhas apreendidas na construtora e indicam envolvimento da diretoria da Odebrecht, que cuida da festão do contrato com o estádio do Cornthians. Ele afirmou ainda que a lista dos destinatários dos pagamentos está em análise inicial. Ainda que neste momento o estádio tenha sido o único a aparecer na lista, o procurador disse que há indicativos de pagamentos de propinas em outros estádios da Copa, segundo "indicativos de delações que ainda estão em andamento".

Na entrevista, a força-tarefa disse que o foco da operação deflagrada hoje é a Odebrecht. A procuradora da República Laura Tessler afirmou que as descobertas mostraram uma "estrutura profissional de pagamento de propinas na Odebrecht".

Segundo ela, eram "pagamentos sistemáticos" com entregas de valores em moeda no Brasil e transferências no exterior e a empresa tinha uma contabilidade paralela e setor próprio para o pagamento de propina. A investigação também achou indícios do envolvimento de Marcelo Odebrecht, presidente do grupo e que está preso, no pagamento dessas propinas. Informações do celular de Odebrecht são compatíveis com as encontradas nas tabelas investigadas.


Além da Petrobrás

A Operação Xepa abre novas linhas de investigação do pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht em outras obras públicas, que extrapolam a Petrobrás - foco inicial das investigações."Existe um sistema inclusive automático de controle desses pagamentos com distribuição de alçadas com pagamentos em setores de óleo gás, infraestrutura, estádios de futebol, canal do sertão", afirmou o procurador da República Carlos Fernando Santos de Lima, em Curitiba.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, a partir do material apreendido na 23ª fase - Operação Acarajé -, que prendeu o marqueteiro do PT João Santana, foram descobertas planilhas de controle dos pagamentos de propina da Odebrecht. A empreiteira pagou pelo menos US$ 3 milhões em conta secreta do marqueteiro na Suíça.

A procuradora da República Laura Tessler afirmou que as descobertas levaram a uma "estrutura profissional de pagamento de propinas na Odebrecht". Segundo ela, eram "pagamentos sistemáticos" com entregas de valores em moeda no Brasil e transferências no exterior.



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