Estufas foram danificadas pelos integrantes da Marcha da Reforma Agrária. Caminhada partiu de Murici e para o centro de Maceió.
Trabalhadores rurais que participam da Marcha pela Reforma Agrária em Alagoas destruíram, amostras de materiais genéticos de cana-de-açúcar e estufas de vidro do Centro de Ciências Agrárias (Ceca) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Rio Largo. A denúncia foi feita por um funcionário da universidade.
De acordo com o professor dos curso de Agronomia e Zootecnia da Ufal, Iêdo Teodoro, os integrantes dos movimentos sociais rurais chegaram ao Ceca por volta das 8h e foram recebidos pelos funcionários da universidade. "Após almoçarem, por volta das 13h, um dos líderes dos movimentos chegou com um megafone e ordenou que os presentes na estufa quebrassem tudo", conta Teodoro.
“Eles destruíram amostras importantíssimas e ainda quebraram as estufas de vidro. Destruíram um experimento que seria tese de mestrado e doutorado”, lamenta o professor universitário, que também coordena o Programa de Melhoramento Genético da Cana- de- Açúcar.
João Messias, funcionário da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) da Ufal, foi quem denunciou a depredação. “Eles não tinham motivo nenhuma para destruir”, afirma.
A Marcha pela Reforma Agrária iniciou partindo de Murici. Após deixarem o Ceca, a caminhada seguiu em direção ao campus da Ufal A.C. Simões, em Maceió. Os manifestantes movimentos deverão seguir em caminhada até o centro da capital.
Segundo o assessor de imprensa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Gustavo Marinho, o ato do grupo foi um protesto diante do foco das pesquisas feitas por pesquisadores da universidade federal.
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