"É uma possível saída negociada com o próprio parlamentar para que se possa encontrar uma forma, inclusive, uma possibilidade até da própria renúncia se for o caso para o partido substituir o parlamentar em uma nova eleição como prevê o regimento da Casa", disse o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB).
Além disso, a bancada decidiu enviar um pedido à executiva do partido para que trate do processo de expulsão de Maranhão do PP, segundo Ribeiro.
Ribeiro afirma que a tentativa de convencimento é para que a saída de Maranhão seja mais rápida, para o "funcionamento da Casa", já que o processo de expulsão pode demorar. "O processo é um processo mais demorado do ponto de vista prático. O processo de expulsão tem um rito, que passa pelo Conselho de Ética (do partido), é salvaguardado o direito de defesa ao parlamentar", afirmou.
Maranhão não foi à reunião da bancada. Ele chegou ao Congresso por volta das 9h30 e seguiu direto para a sala da vice-presidência, sem falar com a imprensa. Ele passou a manhã toda lá e seguiu para a sala da presidência da Câmara por volta das 13h20.
Além de Maranhão, outros três deputados do PP votaram contra o impeachment de Dilma: Roberto Brito (BA), Macedo (CE) e Ronaldo Carletto (BA).
Está previsto que a executiva do partido se reúna ainda hoje, no final da tarde, segundo o deputado Júlio Lopes (PP-RJ).
Enquanto o PP se reunia, líderes de partidos na Câmara faziam outra reunião, também para tratar de Waldir Maranhão.
Segundo Jovair Arantes (PTB-GO), participaram "mais de dez partidos", mas não chegaram a uma definição nem terminaram a reunião, que deve ser retomada à noite. "Ele (Maranhão) está com a legitimidade absolutamente arranhada", disse. "Os deputados não querem a sua permanência ou não aceitam a sua direção nesse momento, e por essa razão nós temos que achar um ponto de equilíbrio."
Arantes diz que os deputados não podem tirá-lo da presidência, mas que há a discussão para "usar o que o regimento permite". Antes disso, porém, Arantes diz que tentarão o "diálogo" com Maranhão.
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