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A Odebrecht e o Ministério Público Federal (MPF) assinaram, na quarta-feira da semana passada, o documento de delação premiada e leniência da empreiteira na Operação Lava-Jato. As tratativas já ocorriam há meses, mas, agora, o acordo se torna oficial. As informações são da colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo.

Nenhum dos grandes partidos (como PT, PMDB e PSDB) deve ser poupado, uma vez que a empreiteira se comprometeu em detalhar o financiamento de todas as campanhas majoritárias para as quais doou. Nessa lista, estão as de Aécio Neves e Dilma Rousseff a Presidências, em 2014, e a de Michel Temer a vice.

A maior expectativa, entretanto, é com relação ao ex-presidente Lula, que vê o cerco se fechar nas suas relações suspeitas com as empreiteiras. A Odebrecht já se comprometeu a entregar provas para a investigação sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem contratou para fazer diversas palestras pelo mundo, e fornecer provas de financiamento ilegal de recursos para as campanhas da presidente Dilma Rousseff, inclusive a extensão total dos pagamentos ao marqueteiro do PT, João Santana, no Brasil e no exterior.

É grande a chance de finalmente Lula ir para trás das grades se confirmadas todas as expectativas em torno da delação.

Os procuradores negociaram o acesso a toda a contabilidade de caixa dois da empreiteira, o que pode envolver centenas de políticos e autoridades de outros Poderes. A força-tarefa pretende convocar, além de Marcelo Odebrecht, até mesmo o ex-presidente da empresa e pai do empresário, Emílio Odebrecht. Não está definido o número de executivos que devem delatar, mas pode chegar a 50.

Em gravação divulgada na semana passada, o ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) afirmou que uma eventual delação premiadas de executivos da Odebrecht seria "uma metralhadora de ponto 100".



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