Menu
 

A Assembleia de Portugal virou nesta segunda uma tribuna para que parlamentares brasileiros favoráveis e contrários ao impeachment defendessem seus pontos de vista, numa tentativa de influenciar as opiniões da comunidade internacional sobre o processo contra Dilma Rousseff.

A cúpula da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-América (EuroLat), que acontece até a quarta, é o primeiro grande fórum internacional com participação brasileira após o Senado aprovar o afastamento temporário da petista.

O encontro, em Lisboa, reúne cerca de 120 parlamentares europeus e latino-americanos que discutirão, entre outros temas, o processo de paz na Colômbia, a transparência fiscal e a luta contra a fraude (ligada aos Panama Papers), os fluxos migratórios e as negociações entre o Mercosul e a União Europeia.

A crise política brasileira, porém, roubou os holofotes no primeiro dia de discussões.

“A comunidade internacional quer falar sobre o Brasil, quer debater e entender o que está acontecendo no nosso país. Nós viemos a Lisboa para explicar a eles, porque sabemos que não é fácil entender esse processo”, afirmou à BBC Brasil o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que viajou com os colegas Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA) e Roberto Requião (PMDB-PR).

“Não foi por acaso que trouxemos o principal time de defensores da presidente Dilma na comissão de impeachment. Nós temos certeza de que vamos sair de Portugal com uma postura forte da comunidade internacional contra o golpe, e isso será fundamental para reverter a situação atual”, justificou o petista.

Em maioria no evento, os aliados de Dilma encontraram respaldo entre parte dos latino-americanos. “Nós estamos muito preocupados com a situação política do Brasil e reforçamos o nosso posicionamento de não reconhecer o governo de Michel Temer”, afirmou o uruguaio Daniel Gaggiani. “Precisamos manifestar nossa apreensão sobre o momento da política brasileira. O mundo todo testemunhou quando um deputado (Jair Bolsonaro) dedicou seu voto no impeachment ao torturador de Dilma Rousseff. Esse já é um claro indicativo de que estamos diante de uma questão grave”, argumentou, por sua vez, a parlamentar argentina Julia Perié.

Já o colombiano Luis Fernando Duque, presidente do Parlamento Andino, afirmou que a solução para os problemas deve ser encontrada internamente. “O Brasil tem um peso enorme não apenas para os latino-americanos, mas também para toda a comunidade internacional. Mas defendemos que cada país resolva os seus conflitos internos sem a interferência de outras partes”.

“Será muito importante ter um Observatório acompanhando tudo de perto, até para que a comunidade internacional tenha ciência do que está acontecendo”, disse à BBC Brasil a senadora Gleisi Hoffmann.

Lindbergh acrescentou: “A presença de juristas estrangeiros em um tribunal de acompanhamento internacional será muito importante nos próximos meses, porque a presidente Dilma foi afastada, mas o seu julgamento ainda não terminou”.

O senador petista tenta convencer o governo luso a se posicionar oficialmente contra o impeachment. Em sua estadia em Lisboa, os aliados de Dilma participarão de uma série de encontros com lideranças do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português, que formam uma aliança para governar o país europeu.

Como não encontram eco em suas declarações no Brasil, vão gritar em Portugal. O pior: O contribuinte brasileiro paga a conta!



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Postar um comentário

  1. Precisamos nos cuidar desta quadrilha que quer nos comer pelas beiradas...

    ResponderExcluir
  2. Lamber as feridas faz parte do processo que envolve perdas...

    ResponderExcluir
  3. Em termos de cretinos e imbecis estamos bem representados. Coitados dos participantes Só ouvirão m...a.

    ResponderExcluir
  4. Em termos de cretinos e imbecis estamos bem representados. Coitados dos participantes Só ouvirão m...a.

    ResponderExcluir

 
Top