"Ganhamos tempo para nos reorganizar", disse Lula, que chegará ainda nesta segunda a Brasília. "O que aconteceu é uma demonstração de que o processo presidido por Eduardo Cunha foi viciado", emendou ele, numa referência ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A votação do impeachment no plenário do Senado está marcada para esta quarta-feira (11) e, até o despacho de Maranhão, o governo já esperava a derrota. Com isso, Dilma teria de ser afastada do cargo por até 180 dias.
Lula elogiou o ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, que impetrou recurso na Câmara pedindo a anulação da sessão do dia 17 de abril, quando foi aprovado o impeachment de Dilma por 367 votos a 137.
Cardozo apontou várias falhas no rito conduzido por Cunha, como a orientação de voto dada por líderes dos partidos. "Zé Eduardo está muito bem nessa defesa", disse o ex-presidente.
À tarde porém, o presidente do Senado Renan Calheiros negou a devolução do processo à Câmara, afirmando que o presidente interino Waldir Maranhão faz 'brincadeira com a democracia' e autorizou o prosseguimento do processo. Petistas prometem recorrer ao STF para paralisar a votação.
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