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A Força Tarefa Lava Jato apresenta amanhã (6) à tarde (14h) novas denúncias contra investigados na operação. O anúncio será feito em entrevista coletiva marcada para as 14h, no auditório de um hotel em Curitiba.

Assim como ocorreu na semana passada, os alvos das denúncias não foram antecipados. Entre as investigações em andamento, as que têm mais urgência para se transformar em ação penal são as referentes à 27.ª e 28.ª fases da Lava Jato, que têm investigados presos. Nesses casos, o Ministério Público Federal (MPF) tem prazo de 30 dias para oferecer denúncia à Justiça Federal.

Da 27.ª fase, chamada de Operação Carbono, permanece preso desde 1.º de abril o empresário Ronan Maria Pinto, dono do Diário do Grande ABC. Da 28.ª fase, Vitória de Pirro, está preso o ex-senador Gim Argello (PTB).

Outra pendência ainda é o inquérito que investiga a filha e a esposa do agora afastado presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Uma denúncia contra ele foi desmembrada e a parte processo que se refere a Danielle Dytz da Cunha e à jornalista Claudia Cruz foi encaminhada em março pelo Supremo Tribunal Federal ao juiz Sérgio Moro.

As provas da denúncia servem de base para um inquérito que ainda pode se transformar em proposta de ação pela formulada pelo MPF em Curitiba. Em liberdade, elas respondem à investigação no âmbito da Operação Lava Jato por contas secretas mantidas ilegalmente no exterior.

A informação de que a mulher e filha de Eduardo Cunha seriam denunciadas foi confirmada pelo Valor PRO por fontes que atuam na investigação.

Tramitação
No dia 15 de março,o ministro relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, decidiu enviar para o juiz Sergio Moro, da 13.a vara criminal da Justiça Federal em Curitiba, as suspeitas de envolvimento da jornalista Cláudia Cruz, mulher de Cunha, e da filha do casal, Danielle Cunha, com as supostas irregularidades investigadas no inquérito sobre contas secretas mantidas na Suíça. Elas seriam beneficiárias de uma das quatro contas descobertas pela Lava-Jato a partir da colaboração internacional mantida com autoridades suíças.

Teori determinou a remessa dos autos sobre Claudia e Danielle a Moro a pedido da Procuradoria-Geral da República. Elas não não possuem prerrogativa de foro, condição privilegiada destinada a deputados e senadores e a ministros de Estado.

Investigação
A esposa do deputado, a jornalista Claudia Cruz, é apontada como beneficiária de uma das contas mantidas por ele na Suíça. Já a filha Danielle Dytz da Cunha Doctorovich teria um cartão de crédito vinculado a uma das contas. Segundo as investigações, as duas teriam utilizado o dinheiro em viagens internacionais. Os gastos passam de 50 mil dólares apenas em lojas de luxo, como as grifes Prada e Chanel.

A suspeita é de que o dinheiro armazenado nas contas na Suíça seria fruto de propina desviada de contratos da Petrobras na África. Um dos delatores do esquema, o consultor Júlio Camargo, afirmou que o presidente da Câmara teria recebido R$ 5 milhões em um único contrato da área internacional da estatal.

Claudia e Danielle já entregaram os passaportes na Justiça Federal do Paraná. A defesa informou que elas pretendem colaborar com as investigações. Mas o juiz Sérgio Moro ainda não se manifestou sobre o caso.

Comunicado do MPF:

“COLETIVA DE IMPRENSA COM PROCURADORES DA FORÇA-TAREFA LAVA JATO. NESTA SEXTA-FEIRA, 6 DE MAIO, PROCURADORES DA REPÚBLICA QUE ATUAM NA FORÇA-TAREFA LAVA JATO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL (MPF) ESTARÃO À DISPOSIÇÃO DA IMPRENSA PARA ENTREVISTA COLETIVA SOBRE NOVA DENÚNCIA NO ÂMBITO DA OPERAÇÃO LAVA JATO.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS SERÃO DISPONIBILIZADAS APENAS DURANTE A ENTREVISTA, QUE NÃO SERÁ TRANSMITIDA AO VIVO PELO MPF. PODERÃO PARTICIPAR DA COLETIVA APENAS REPRESENTANTES DE ÓRGÃOS DE IMPRENSA (JORNAIS, REVISTAS, EMISSORAS DE RÁDIO E TV, PORTAIS) QUE SE CREDENCIAREM ATÉ 24H DE QUINTA-FEIRA, 5 DE MAIO”





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