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Com a queda de dois ministros em menos de três semanas, o PT intensificou as críticas ao governo Michel Temer (PMDB) e conclamou a militância petista a aderir a uma grande manifestação contra o pemedebista no dia 10 de junho, que poderá se transformar em um dia de greve geral.

Em resolução política divulgada nesta terça-feira, o partido da presidente afastada Dilma Rousseff defendeu que os comitês dos candidatos da legenda que disputarão as eleições neste ano façam campanha contra Temer em todo o país.

A Executiva do PT reuniu-se hoje em Brasília para discutir a estratégia para tentar reverter no Senado o processo de impeachment e impedir o afastamento definitivo da presidente Dilma. Na resolução política divulgada depois da reunião, o PT afirmou que a queda de dois ministros — Romero Jucá, do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência, Fiscalização e Controle — depois do vazamento dos diálogos gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado, “confirmam o caráter golpista do processo de impeachment”. Nas gravações, os dois ex-ministros falam em formas de cercear as investigações da Operação Lava-Jato.

“A suposta agenda ‘ética’ do governo golpista se esfarela. Tudo confirma que uma das faces do golpe é a interrupção do combate à corrupção”, afirma o texto. Para o comando do PT, o ministério de Temer é “golpista, composto por inúmeros investigados de corrupção com perfil conservador e de baixa qualidade técnica”.

O partido disse também que o “motivo central para o golpe” está explicitado nas medidas econômicas e de ajuste fiscal propostas pelo governo, com o congelamento das despesas públicas, especialmente das dotações orçamentárias da Saúde e Educação; cortes no Bolsa Família e no Minha Casa, Minha Vida, no Prouni e Fies, entre outros programas. “Mostra claramente a que veio o golpe; implementar e aprofundar o programa neoliberal derrotado nas eleições de 2014.”

Como reação, o PT afirmou que é preciso intensificar as manifestações contra Temer, organizar eventos com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e aproveitas as eleições municipais para atacar o governo interino. “É possível e necessário que aproveitemos o processo eleitoral para mobilizar a militância e a sociedade contra o golpe. Os milhares de comitês de candidatos podem, também, transformar-se em espaços de mobilização contra o golpe.”



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