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“Podem falar o que quiserem: o Eduardo Cunha é a pessoa central do governo Temer”, disse a presidente afastada em entrevista para o jornal "Folha de S. Paulo"


A presidente afastada Dilma Rousseff disse em entrevista à colunista do jornal "Folha de S. Paulo", Mônica Bergamo, que governo interino de Michel Temer terá que se "se ajoelhar" para Eduardo Cunha.

Durante a entrevista, Dilma afirmou ter tomado conhecimento sobre os diálogos entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o senador Romero Jucá. “Eu li os três (diálogos). Eles mostram que a causa real para o meu impeachment era a tentativa de obstrução da operação Lava Jato por parte de quem achava que, sem mudar o governo, a “sangria” continuaria”, disse a presidente.

Quando questionada pela colunista sobre o que poderia ter contado para a aprovação do impeachment, Dilma explica "o que aconteceu comigo? Houve a combinação da crise econômica com uma ação política deletéria”.

Com relação a operação Lava Jato, a presidente acusa o presidente afastado da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha de interferir contra ela. “Cada vez que a Lava Jato chegava perto do senhor Eduardo Cunha, ele tomava uma atitude contra o governo (...) “Podem falar o que quiserem: o Eduardo Cunha é a pessoa central do governo Temer”, afirma.

A presidente afastada nega ainda ter recebido Marcelo Odebrecht no Palácio da Alvorada. Dilma cita um encontro entre os dois no México, durante a negociação do "maior investimento privado do país" e completa que as conversas entre eles eram "absolutamente padrão".

Afastada há 18 dias, Dilma Rousseff reúne uma série de provas para serem apresentadas até a próxima quarta-feira (1°) em sua defesa para a Comissão Especial do Impeachment no Senado.



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