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Em entrevista à Rádio Gaúcha, senador petista cassado avaliou a tensão política gerada em Brasília após o pedido de prisão de Renan Calheiros, José Sarney, Romero Jucá e Eduardo Cunha


O senador petista cassado Delcídio Amaral analisou, nesta quarta-feira, a tensão política gerada em Brasília após o pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP), do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Delcídio disse "não ter dúvidas" de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) possui mais informações para sustentar a ação.

Ao avaliar o processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara, que se arrasta desde o ano passado, o ex-senador mencionou que a resolução do caso "já passou da hora". E criticou as "manobras" do deputado para supostamente emperrar a continuidade do caso:

— Eu morro e não vejo tudo. Eu, daqui a pouco, vou começar a andar sobre as águas e virar santo.

Delcídio declarou ainda que a preocupação que atinge os peemedebistas é resultado de dúvidas quanto ao conteúdo completo das delações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e de seus filhos. Na entrevista, indicou "relações" do núcleo duro do PMDB no Senado com Machado, mas destacou desconhecer o que poderá eventualmente ser revelado. De acordo com o ex-parlamentar, Renan "está nervoso".

— Pela tensão que Brasília vive, coisas boas com certeza não virão. — pontuou.

Delcídio, que chegou a ser preso na Lava-Jato, relatou que os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro já são suficientes para revelar uma ampla ação para acabar com a operação, que investiga irregularidades no âmbito da Petrobras.

— O Sérgio sabe de muitas coisas. — definiu.

Delcídio também foi questionado sobre a notícia da prisão de Newton Ishii, o "Japonês da Federal", divulgada na manhã desta quarta-feira. Conhecido por conduzir os alvos da Lava-Jato, o agente foi detido em Curitiba. À Rádio Gaúcha, o senador cassado relatou conhecê-lo apenas "pela televisão".

O ex-senador negociou acordo de delação premiada antes de ter o mandato cassado. Entretanto, nesta quarta-feira, relatou que ainda está "pagando" pelos atos irregulares que cometeu.

— Eu fico confiante porque sei que falei a verdade (às autoridades). Estou ajudando o Brasil. — sublinhou.



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