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O juiz Sérgio Moro marcou para o dia 22 de julho a audiência em que devem ser ouvidos como testemunhas de defesa de Marcelo Odebrecht os ex-ministros Antônio Palocci, Guido Mantega, e Edinho Silva. Eles serão interrogados em São Paulo através de uma sessão de videoconferência com a Justiça Federal em Curitiba.

Moro designou as audiências após a oitiva de três das testemunhas de acusação do processo que remonta à 26ª fase da Lava Jato, que recebeu o nome de Xepa. Foram ouvidos nesta quinta-feira (16) os delatores da Operação Lava Jato Ricardo Pessoa, Walmir Santana e Milton Pascowitch.

Os três ex-ministros, assim como a presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), foram arrolados como testemunhas pelos advogados de Marcelo Odebrecht, preso há um ano pela Operação Lava Jato e réu em ações penais em primeira instância. A defesa não explicou, porém, porque pretende ouvir estes testemunhos.]

Na terça-feira (14), Moro enviou ofício questionando Dilma se ele pretende falar pessoalmente, por videoconferência, ou ainda prestar esclarecimentos por escrito. Até esta quinta não havia nos autos do processo manifestação da presidente afastada sobre o assunto.

Marcelo Odebrecht já foi condenado a mais de 19 anos em primeira instância e recorre da sentença. O ex-presidente da empreiteira ainda responde a mais duas ações na Justiça Federal, dentre elas a que apura o setor apontado pelo Ministério Público Federal(MPF) como dedicado exclusivamente à contabilidade paralela da empresa.

Acusação
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que a Odebrecht possuía um departamento responsável pelo pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos em razão de contratos firmados pela empresa com o poder público.

O MPF pede que a Justiça decrete a perda de R$ 34.089.400 dos denunciados, em razão de os recursos serem oriundos das práticas criminosas de lavagem de dinheiro denunciadas.

João Santana e Monica Moura foram beneficiados com esses pagamentos ilegais, mesmo com a Lava Jato em curso, de acordo com o MPF. De acordo com o coordenador da força-tarefa, o procurador Deltan Dallagnol, foram 45 pagamentos, totalizando R$ 23,5 milhões, de 24 de outubro de 2014 a 22 de maio de 2015.

Segundo o MPF, os pagamentos feitos pela Odebrecht estão atrelados a diversas obras e serviços federais e também a governos estaduais e municipais. Dentre elas está a construção da Arena Corinthians, segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

A estimativa é de, ao menos, R$ 66 milhões em propina distribuída entre 25 a 30 pessoas. Este valor, segundo a PF, estava disponível em apenas uma das contas identificada como pertencente à contabilidade paralela da empresa.



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