Até 2012, Adilson Florêncio da Costa era diretor-financeiro do Postalis. Em 2013, ele foi multado por má gestão na empresa. Antes disso, em 2006, chegou a depor à CPI dos Correios na tentativa de explicar um investimento suspeito de R$ 20 milhões do Postalis em bancos mineiros. Já em 2014, a administração de Florêncio tangenciou o escândalo da Lava Jato. A Comissão de Valores Mobiliários dedicou-se a investigar supostas manobras contábeis fraudulentas que dilapidaram o fundo.
Agora, ele está entre as sete pessoas presas a partir da autorização da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O objetivo da Operação Recomeço, que também cumpriu mandados de busca e apreensão em 12 endereços em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, é apurar o possível desvio de recursos dos fundos de pensão Petros e Postalis na compra de títulos mobiliários do Grupo Galileo. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e ativos financeiros no valor de mais de R$ 1,3 bilhão de 46 pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas no esquema.
Curioso é que 37 anos se passaram desde o acidente no Zoológico de Brasília e Florêncio nunca quis falar sobre o assunto, nem encontrar a família do militar, que virou nome de rua, colégio e do zoológico da capital. Preferiu a discrição. Agora, por um motivo muito menos nobre, os holofotes se voltam novamente para Adilson Florêncio da Costa.
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