"Está havendo um desmonte da Petrobras. A nomeação de Pedro Parente para a presidência [da empresa] e a contratação de Nelson Luiz Costa Silva para pensar a estratégia são sinais claros de entrega. Precisamos fazer isso chegar à população", disse a coordenadora geral do sindicato, Cibele Vieira.
Cibele Vieira destacou ainda que a lei atual determina que uma parte dos recursos oriundos do pré-sal seja reservado para o financiamento de programas sociais, saúde e educação. "Aí, eles vêm e colocam um teto para o gasto público, inclusive exigindo isso dos estados. Ou seja, já cortaram novos investimentos, benefícios, salários de servidores e proteção social, nesse momento de crise. E alegam que é porque não há dinheiro. Então, como querem entregar pré-sal para as multinacionais? Não faz sentido".
Segundo o presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil de São Paulo (CTB São Paulo) e um dos coordenadores da Frente Brasil Popular, Onofre Gonçalves, a Petrobras e o pré-sal estão ameaçados pelo projeto de lei aprovado no Senado em fevereiro, que desobriga a Petrobras de ser operadora única e ter participação de 30% na exploração. O texto, de autoria do então senador José Serra, agora ministro de Relações Exteriores, já foi encaminhado à Câmara dos Deputados.
"Parece que o governo está priorizando uma votação na Câmara para aprovar esse projeto. Estamos muito preocupados com isso, porque pensamos que a Petrobras é o maior patrimônio brasileiro, maior empresa, que emprega milhares de trabalhadores, e que defende, de fato, o investimento no nosso país. Não podemos aceitar uma proposta dessas, que vai tirar recursos dos programas sociais", disse.
Mesmo se dizendo movimentos populares e de cunho social, parece que os manifestantes não obtiveram apoio da população. Menos de 50 "gatos-pingados" compareceram ao evento. No local, haviam mais policiais que manifestantes.
Depois do rombo financeiro no qual essa empresa está atolado , e também com preço do petróleo em baixa , não vai ser fácil torna- la viável .
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