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Enquanto a Secretaria estadual de Saúde (SES) do Rio perdeu quase a metade da frota de ambulâncias em 2016, o socorro nos Jogos Olímpicos estará garantido com frota maior do que a que atende à toda a população do estado do Rio. Em crise, a SES está, desde fevereiro, sem contrato com a empresa de manutenção dos veículos. Assim, a frota diminuiu de 46 ambulâncias, em dezembro, para 26, desde o mês passado. Das 20 fora de uso, 13 estão quebradas e sete foram descartadas por, segundo a secretaria, estarem velhas.

Já para os Jogos, o governo federal comprou 146 ambulâncias por R$ 42 milhões. A União ainda gastará mais R$ 20 milhões pela operação, cuja licitação foi feita pela SES, responsável pela fiscalização do serviço. A família olímpica e o público esperado somam cerca de 7 milhões de pessoas — uma ambulância para cada 48 mil pessoas.

Já o estado do Rio tem as 26 ambulâncias da SES e mais 68 controlada pela Secretaria estadual de Defesa Civil, mas cuja manutenção é paga com dinheiro federal. Somadas, são 94 ambulâncias para 16 milhões de habitantes — a proporção cai para um veículo a cada 170 mil pessoas.

O Ministério da Saúde afirmou que, depois da Olimpíada, as ambulâncias “serão redistribuídas pelo país para que possam reforçar a capacidade de atendimento, tornando-as um legado dos Jogos”.

Frota será de uso exclusivo da Olimpíada
O edital de contratação das ambulâncias, realizado pela SES, define que as 146 ambulâncias são de uso exclusivo dos envolvidos dos Jogos Olímpicos. De acordo com o texto, “os atuais serviços de remoção de urgência do estado estão e estarão empenhados no socorro de rotina da cidade, que terá um grande aumento da população flutuante, sendo incapaz de atender esta enorme demanda específica e de curta duração”.

A contratação ainda é justificada no edital pela necessidade de “uma resposta operacional eficaz e eficiente, por parte da Secretaria estadual de Saúde, objetivando a remoção ágil e confiável para tratamento definitivo da população alvo”.

R$ 1 milhão em dívida com firma de manutenção
O estado do Rio está sem contrato de manutenção desde fevereiro para a frota de ambulâncias por falta de dinheiro. A Peça Oil, que realizava esse serviço, ainda tem cerca de R$ 1 milhão para receber dos cofres públicos. A SES informou que, em janeiro — quando o atual secretário, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, assumiu —, todas as ambulâncias estavam sem funcionamento.

Ainda de acordo com a pasta, “está em andamento processo licitatório para a contratação de serviços de manutenção de veículos, o que inclui as ambulâncias”.

A empresa Sistema de Emergência Médica Móvel do Rio de Janeiro foi a vencedora da licitação para operar as ambulâncias durantes os Jogos Olímpicos. A firma deverá garantir o abastecimento dos veículos, repor os medicamentos e insumos, fornecer os profissionais e a segurança dos veículos. Além disso, também deve fornecer seis veículos com motorista, 24 horas por dia, para a coordenação e supervisão do serviço pela Secretaria estadual de Saúde.



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