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Dois dias após ter sido afastada definitivamente do comando do País, Dilma Rousseff convocou a imprensa internacional para falar sobre o novo cenário político brasileiro.

Em quase duas horas de conversa, a ex-presidente falou sobre o futuro, sobre o jeito brasileiro de fazer política, o famoso ‘toma lá, dá cá’, sobre a relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e fez uma forte defesa do direito a manifestações.

“Prefiro a voz rouca das ruas, que o silêncio da ditadura. O silêncio da ditadura eu conheci na pele. (…) Eu sei como começa, a culpa é do manifestante. Primeiro tiram o olho da menina, depois matam. Quem é da minha geração não pode compactuar com isso. O terrorismo do estado é gravíssimo, o poder do estado para reprimir é muito forte.", disse Dilma.

Dilma também desconfiou que estejam querendo usar o fatiamento da votação do impeachment, que lhe preservou os direitos políticos, para tornar elegível o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "Até as emas do Alvorada sabem que a lei é uma pra Cunha, outra pra mim", afirmou.

O ex-ministro José Eduardo Cardozo, que acompanhou a entrevista, anunciou que continuará a questionar o processo na Justiça. Na avaliação dele, não houve “justa causa” para iniciar o processo. “Sem objeto jurídico não tem como ter julgamento político”, afirmou.



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