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Empossado definitivamente como presidente, Michel Temer já começa a lidar oficialmente com sua primeira crise diplomática. Ao contrário de nações como Estados Unidos e Argentina, alguns países vizinhos seguem boicotando e não reconhecendo seu novo governo. Em comum, a ligação destes governos com a ex-presidente Dilma Rousseff, que ao longo de seus cinco anos à frente da presidência, manteve grande afinidade ideológica com determinados regimes.

Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia retiraram seus embaixadores do Brasil em um gesto de protesto ao novo governo. Como já haviam ameaçado antes, a ditadura caribenha e os demais países do eixo “bolivariano” do continente irão recorrer à corte da Organização dos Estados Americanos e promover uma campanha de denúncia contra o que chamam de golpe.

As relações brasileiras com os governos auto-denominados de “bolivarianos” vêm de longa data – ao menos desde o início do século, na ascensão de Hugo Chávez à frente da Venezuela e o ex-presidente Lula no Brasil. Para reforçar tais ligações, ambos os presidentes utilizaram-se de uma série extensa de mecanismos, sendo o maior deles o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Através do BNDES, Lula e Chávez formaram uma parceria em uma espécie de imperialismo bolivariano.

A despeito do calote dado pela estatal venezuelana de petróleo, PDVSA, na construção da refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, partiu do governo brasileiro o apoio à concessão de aproximadamente R$ 33 bilhões para apenas 5 países (Cuba, Venezuela, Argentina, Angola e Nicarágua). Destes, apenas a Argentina, sob novo governo, reconheceu a posse de Michel Temer e o impeachment de Dilma Rousseff como constitucionalmente válidos. Em maio, na data de afastamento da ex-presidente, Nicarágua, El Salvador e Uruguai haviam se juntado ao grupo que hoje nega o reconhecimento do atual governo.

Para financiar as obras, o BNDES utilizou-se do chamado “FAT Cambial”, parte do Fundo de Amparo ao Trabalhador, um fundo gerado por parte dos recursos do PIS/PASEP. Segundo O Globo, os financiamentos realizados pelo fundo geraram um prejuízo estimado em R$ 1,1 bilhão anuais (ou R$ 11 bilhões ao todo) aos trabalhadores brasileiros, uma vez que para poder emprestar a juros reduzidos, o BNDES remunera o fundo a taxas abaixo da inflação. Por volta de US$ 8,3 bilhões emprestados pelo banco possuíam juros menores do que 5%.

Dos R$ 50,5 bilhões totais emprestados pelo BNDES para outros países entre 2006 e 2014, cerca de metade foi destinado a países que hoje cortaram relações com o Brasil. Deste valor, 82% teve uma única empresa como responsável pela realização das obras: a empreiteira Odebrecht. Não por acaso, a grande parceira do PT na corrupção generalizada dos 13 anos de petismo.



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  1. Nao e que eles estao preocupados por Dilma ter sido cassada. A intencao e so dar o calote e nao pagar a divida, com a desculpa que nao reconhecem o novo governo. De qualquer modo eles nao pagariam mesmo porque Dilma nao cobra dividas de ditadores comunistas. Ela os transforma em doacoes e fica tudo como esta. Com Temer porem deve ser diferente porque nao foi ele que entregou dinheiro nosso a esses assassinos e portanto cobrara sim, com relacoes cortadas ou nao.

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