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Por Renato Ferreira 

A cada vez que vejo algum filme ou leio sobre a história de Adolph Hitler, fico intrigado ao ver as ações nefastas desse ditador sanguinário que chegou ao poder prometendo paz, melhorias para o povo alemão e respeito às leis, antes de ordenar a morte de milhões de pessoas, acabar com a Democracia no país e destruir a Alemanha e o seu povo.

E enganam-se os que pensam que Hitler queria acabar apenas com os judeus. O seu desejo era de dominar a Europa e o mundo. Durante a sua saga para chegar ao topo do poder, Hitler procurou se cercar de homens confiáveis e fiéis aos seus ideais de que a Alemanha só chegaria ao poder maior na Europa e no mundo se aniquilasse seus inimigos, como os partidos políticos Comunista e Social Democrata. 

Mas, além dos adversários políticos, Hitler também precisava aniquilar a imprensa e o povo judeu, pois, ele via os judeus como adversários potenciais de sua obsessão pelo poder, já que eles - os judeus - eram inteligentes e ricos. Com certeza, para Hitler, os judeus eram as "zelite" da época. E, claro, para atingir os seus malignos objetivos, Hitler precisava também de um bom comunicador, que tomasse conta de como a propaganda do Nazismo chegaria sem ruido aos ouvidos do povo. E encontrou esse homem: Paul Joseph Goebbels, que foi uma figura-chave do regime, por seus dotes retóricos.

Com curso superior completo, Goebbels foi ministro da Propaganda de Adolf Hitler e foi ele quem ensinou que uma "mentira repetida mil vezes torna-se verdade". Goebbels transformou-se num ferrenho e fanático antessemita, rejeitava o capitalismo e a democracia, que ele associava ao caos políticos da Alemanha na República de Weimar. 

Como qualquer ditador, Hitler não se apresentava como uma pessoa má. Falando em paz e respeito às leis e, acima de tudo, em progresso para a Alemanha, Hitler foi conquistando amigos no poder, nos partidos políticos adversários, além da simpatia do povo alemão, que passava a acreditar piamente nas promessas do futuro ditador. 

Assim, com homens fortes, fiéis e poderosos ao seu lado, o chefe do Nazismo ia formando uma verdadeira massa de manobra. E nada melhor para atingir esses objetivos, se Hitler também não tivesse mais os jornais ou revistas que criticavam os seus planos de dominação. Não tinha importância se ele não conseguisse calar a imprensa estrangeira, bastava calar a imprensa.

E ele conseguiu isso. Em pouco tempo, não havia mais jornais ou revistas que o criticassem dentro da Alemanha. O povo, agora, só lia as "maravilhas" do nazismo e via as imagens de Hitler desfilando por um país com empresas desenvolvidas e estradas super modernas para a épocas, fruto dos governos democráticos. E, assim, aniquilando inimigos nos Poderes constituídos, como também na imprensa, Hitler chegou ao topo do poder, quando começou então a prender todos os adversários, por exemplo, membros dos partidos Comunista e Social Democrata, que ainda teimavam em contrariar suas ordens e leis. 



Os que não foram exilados, foram presos e mortos. Com o poder absoluto, faltava a Hitler, agora, eliminar os judeus da Alemanha e de outros países, povo que ele considerava como raça inferior e inimiga do puro sangue alemão. Era um discurso que soava bem aos ouvidos do povo, sobretudo, dos trabalhadores e operários. E o fim trágico dessa estória de um homem doente pelo poder, o mundo inteiro conheceu da forma mais violenta, que foi a segunda Grande Guerra Mundial. 

Felizmente, para a Alemanha e para o mundo, mesmo que depois muitos ainda viessem a sofrer com o crescimento do Comunismo russo, principalmente os alemães, o nazismo de Hitler foi aniquilado. E, hoje, os verdadeiros democratas, que amam a Democracia com uma imprensa livre e com liberdade de expressão, ficam inquietos e preocupados, ao ver que em muitas partes do mundo, ainda existem governantes que não toleram uma imprensa livre. 

E isto, além de acontecer aqui mesmo no Brasil, vem acontecendo também em países vizinhos, como na Venezuela, onde Hugo Chávez perseguiu e já mandou fechar jornais e TVs, como também na Argentina, onde a ex-presidente Cristina Kirchnner vinha, há tempos, perseguindo o grupo de Comunicação Klarin. Sem falar em certas intolerâncias verificadas também na Bolívia, Peru e no Equador. 

Já aqui no Brasil, fica a preocupação com declarações recorrentes de líderes políticos como do ex-presidente e senador, Fernando Collor, impedido de terminar o seu mandato por corrupção, que sempre usa a tribuna do Senado para criticar a imprensa. 

E também declarações de líderes petistas, como José Dirceu e José Genoíno, condenados pelo STF, e do presidente nacional do PT, Rui Falcão, com pesadas críticas à imprensa. Além disso, esses líderes apresentam propostas de medidas "legais" para "controlar" a mídia. São declarações que, no mínimo, não combinam com quem é eleito pelo voto direto e muito menos com quem diz que defende a Democracia.



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