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A Polícia Federal (PF) entregou, em 15 de dezembro, à Justiça Federal do Rio de Janeiro um relatório no qual responsabiliza 28 pessoas por um rombo de R$ 5 bilhões no Postalis. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, as investigações encontraram indícios de gestão temerária, crimes contra o sistema financeiro e organização criminosa. Entre os responsabilizados pelo mau uso das contribuições dos servidores dos Correios, estão diretores e ex-diretores do fundo, empresários e executivos do mercado financeiro.
A PF analisou investimentos dos últimos quatro anos, nas gestões de Alexej Predtechensky (o Russo) e do atual presidente, Antonio Carlos Conquista, segundo a Folha. Duas das instituições contratadas pelo Postalis para gerir as aplicações e indicar as melhores opções também estão no foco das investigações: o banco BNY Mellon e a Risk Office.
O Postalis afirma que Conquista prestou os esclarecimentos à PF e que o fundo já obteve algumas vitórias contra o BNY Mellon, tendo obtido uma carta fiança de R$ 250 milhões. E que as Riks Office não presta mais serviços ao Postalis.
Em 17 de dezembro de 2015, a PF deflagrou a Operação Positus, que investiga o desvio de R$ 180 milhões do Postalis. Segundo a polícia, um ex-gestor do fundo e outros investigados cometeram gestão fraudulenta de dois fundos ligados ao Postalis. A fraude consistia na compra de títulos no mercado de capitais por uma corretora americana. Eles eram revendidos, a preços maiores, para empresas com sede em paraísos fiscais ligadas aos investigados. Em seguida, os títulos eram adquiridos pelos fundos Postalis por valores ainda maiores.
Em agosto de 2015, reportagem da revista Época mostrou que uma auditoria realizada no ano passado pelos Correios no Postalis apontou que a gestão de Antonio Carlos Conquista contraria regras de mercado, omite documentos e facilita fraudes no fundo de pensão da estatal. Segundo os auditores, a bagunça administrativa no Postalis provocou, apenas nos últimos dois anos, prejuízo de R$ 2,6 bilhões nas contas do fundo.
Em maio de 2014, outra reportagem de Época as evidências de fraudes no fundo dos Correios, com crimes em investigações no Brasil e até nos Estados Unidos.
Aparelhamento da Empresa:
Imerso em problemas e a mercê de indicações políticas que debilitaram a empresa, os Correios tiveram destaque nacional no noticiario da corrupção nacional quando então panfletos eleitorais da candidata à reeleição e atual presidente, Dilma Rousseff (PT), que não atendiam exigências dos Correios tiveram a postagem autorizada em caráter excepcional pela empresa. O caso foi divulgado pelo jornal "O Estado de S.Paulo". As peças não tinham carimbo ou impressão que comprovassem sua origem e que sua postagem tinha sido paga pelo contratante. Ao todo foram distribuídos mais de 4,8 milhões de panfletos só na Grande São Paulo e cidades do interior paulista. Segundo os Correios, um erro de produção gráfica impossibilitou a confecção da respectiva chancela.
A prática, foi alvo de uma representação contra a presidente Dilma Rousseff, o vice, Michel Temer, por suposto uso indevido dos Correios para fazer propaganda eleitoral em 2014. A ação, de autoria da coligação de oposição, liderada pelo senador e então candidato à presidência, Aécio Neves (PSDB-MG), também tinha como alvo o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro e o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumman. O TSE extinguiu a representação em dezembro de 2015




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15 Mar 2016

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