Nos últimos dias, foram replicadas na internet notícias sobre suposta precariedade do espaço e maus tratos contra os presos como forma de alcançar novos acordos de colaboração premiada. A carceragem chegou a ser chamada de masmorra e Guantánamo do Moro, em alusão ao famoso presídio americano em Cuba, palco de torturas e abusos aos direitos humanos praticados pelos Estados Unidos.
Avesso aos holofotes, o juiz Moro respondeu nos autos aos ataques. Como resposta, recebeu dos advogados de Youssef e Fonseca a informação de que não é do interesse dos réus trocar a sede da PF em Curitiba por uma penitenciária estadual. Ao que parece, as condições não tão ruins assim.
Diz o despacho o termo de audiência:
“7. Ao final, diante de supostas reclamações das condições da carceragem da Polícia Federal, que não partiram especificamente das partes deste feito, o Juízo esclareceu aos defensores do acusado Erton que entendeu que a permanência dele e dos demais presos na Polícia federal ocorria no benefício dele, consistindo a alternativa na transferência ao sistema prisional estadual. De todo o modo, em vista do ocorrido, foi indagada à Defesa presente se haveria interesse na transferência do referido acusado ao sistema prisional estadual, sendo informado ao Juízo da preferência na permanência nas dependências da Polícia Federal. A mesma indagação foi feita ao defensor de Alberto Youssef, tendo este se manifestado no sentido de que não tem interesse na transferência ao sistema prisional estadual. Assim, o Juízo decidiu pela continuidade da situação atual.”
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