Acusados pela oposição de serem financiados pelo Palácio do Planalto e o PT, sites e publicações que adotam em linhas gerais uma posição de defesa do governo também receberam recursos de publicidade das principais estatais brasileiras nestes 14 anos.
Essas publicações negam, entretanto, que tenham a sua linha editorial e seus posicionamentos influenciados pelo recebimento de recursos das estatais federais.
A "Carta Capital", a revista semanal de menor circulação, aparece como destinatária de R$ 44,3 milhões. A "Veja", líder do segmento, é englobada nos pagamentos direcionados para a Abril, uma das principais destinatárias da verba de publicidade das estatais, mas é impossível especificar o quanto a publicação recebeu. Já a revista "Caros Amigos", identificada com posições de esquerda, recebeu R$ 4,7 milhões.
Na internet, sites e empresas de jornalistas que se alinham do lado do governo na batalha virtual entre PT e PSDB também foram destinatários do dinheiro da publicidade estatal nesses 14 anos –entre eles Luis Nassif (R$ 5,7 milhões) e Paulo Henrique Amorim (R$ 2,6 milhões).
Um dos principais defensores do governo na internet, o site Brasil 247 recebeu R$ 1,7 milhão desde 2011. A sua receita com a publicidade das empresas estatais dobrou em 2012 e mais do que dobrou em 2013.
Autodeclarado "o portal de esquerda", o Carta Maior recebeu R$ 9,1 milhões de 2003 a 2013. O Opera Mundi e a "Revista Fórum", também ligados ao campo da esquerda, receberam R$ 2 milhões e R$ 1,7 milhão, respectivamente, no mesmo período.
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