Mas a reação de ministros do STF, como a do decano Celso de Mello, fez Dilma recuar de um tom mais contundente. Para Mello, a afirmação de Dilma representa um grande equívoco, além de ser uma perspectiva pessoal de sua linha de defesa.
Antes da viagem, auxiliares estavam divididos sobre a melhor linha a ser adotada pela presidente. Alguns interlocutores próximos avaliavam que poderia ter um efeito contrário usar a tribuna da ONU para falar em “golpe de Estado” no Brasil, principalmente depois da reação do Supremo. E que, portanto, seria melhor falar diretamente sobre o tema durante as entrevistas.
Na quarta (20), o ministro Jaques Wagner (chefe de gabinete) já tinha se posicionado no sentido de que Dilma seria mais direta nas entrevistas sobre a tese defendida pelo governo de que o afastamento dela do cargo é uma espécie de “golpe de Estado”.
Mesmo assim, Dilma cogitava falar em perseguição política no país durante o seu discurso na ONU. Mas há o reconhecimento interno de que seria difícil encaixar essa fala num discurso de apenas 5 minutos, em que o principal tema será a mudança climática do mundo, pois a fala será numa cerimônia de assinatura do Pacto da mudança do clima de Paris.
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