Organização diz que não há provas de delito contra a presidente brasileira.
Processo passou na Câmara por 367 votos favoráveis e 137 contrários.
Por 367 votos favoráveis e 137 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou às 23h47 deste domingo (17) a autorização para ter prosseguimento no Senado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Houve sete abstenções e somente dois ausentes dentre os 513 deputados. A sessão durou 9 horas e 47 minutos; a votação, seis horas e dois minutos.
"A decisão adotada ontem pela Câmara dos Deputados do Brasil de continuar o processo de destituição da presidenta Rousseff, sem que tenha existido indício ou discussão de fundo durante o debate sobre os supostos delitos, constitui um motivo de séria preocupação para a região", diz a nota da União das Nações Sul-Americanas.
No comunicado, a organização diz que não há provas de delito contra a presidente. "A eleição democrática e majoritária de Dilma Rousseff como presidenta constitucional não pode ser revogada em um julgamento político por uma maioria parlamentar a menos que exista uma evidência que a vincule de maneira direta e intencional com um crime comum, fato que até o momento não aconteceu".
Por fim, a Unasul diz esperar que o processo, que "pode chegar a afetar seriamente a democracia regional", não passe pelo Senado.
"Confiamos que o Senado da República, atuando em consciência como juiz e depois de avaliar a firmeza e pertinência legal das provas apresentadas, detenha este processo que pode chegar a afetar seriamente a democracia regional e a segurança jurídica hemisféria", diz.
O processo foi entregue ao Senado nesta segunda, para começar a tramitar na Casa.
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