A cúpula da Assembleia Parlamentar Euro-Latino-América (EuroLat), que acontece até a quarta, é o primeiro grande fórum internacional com participação brasileira após o Senado aprovar o afastamento temporário da petista.
A crise política brasileira, porém, roubou os holofotes no primeiro dia de discussões.
“A comunidade internacional quer falar sobre o Brasil, quer debater e entender o que está acontecendo no nosso país. Nós viemos a Lisboa para explicar a eles, porque sabemos que não é fácil entender esse processo”, afirmou à BBC Brasil o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que viajou com os colegas Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lídice da Mata (PSB-BA) e Roberto Requião (PMDB-PR).
“Não foi por acaso que trouxemos o principal time de defensores da presidente Dilma na comissão de impeachment. Nós temos certeza de que vamos sair de Portugal com uma postura forte da comunidade internacional contra o golpe, e isso será fundamental para reverter a situação atual”, justificou o petista.
Em maioria no evento, os aliados de Dilma encontraram respaldo entre parte dos latino-americanos. “Nós estamos muito preocupados com a situação política do Brasil e reforçamos o nosso posicionamento de não reconhecer o governo de Michel Temer”, afirmou o uruguaio Daniel Gaggiani. “Precisamos manifestar nossa apreensão sobre o momento da política brasileira. O mundo todo testemunhou quando um deputado (Jair Bolsonaro) dedicou seu voto no impeachment ao torturador de Dilma Rousseff. Esse já é um claro indicativo de que estamos diante de uma questão grave”, argumentou, por sua vez, a parlamentar argentina Julia Perié.
Já o colombiano Luis Fernando Duque, presidente do Parlamento Andino, afirmou que a solução para os problemas deve ser encontrada internamente. “O Brasil tem um peso enorme não apenas para os latino-americanos, mas também para toda a comunidade internacional. Mas defendemos que cada país resolva os seus conflitos internos sem a interferência de outras partes”.
“Será muito importante ter um Observatório acompanhando tudo de perto, até para que a comunidade internacional tenha ciência do que está acontecendo”, disse à BBC Brasil a senadora Gleisi Hoffmann.
Lindbergh acrescentou: “A presença de juristas estrangeiros em um tribunal de acompanhamento internacional será muito importante nos próximos meses, porque a presidente Dilma foi afastada, mas o seu julgamento ainda não terminou”.
O senador petista tenta convencer o governo luso a se posicionar oficialmente contra o impeachment. Em sua estadia em Lisboa, os aliados de Dilma participarão de uma série de encontros com lideranças do Partido Socialista, do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português, que formam uma aliança para governar o país europeu.
Como não encontram eco em suas declarações no Brasil, vão gritar em Portugal. O pior: O contribuinte brasileiro paga a conta!
Precisamos nos cuidar desta quadrilha que quer nos comer pelas beiradas...
ResponderExcluirSafadinhos...
ResponderExcluirEm termos de cretinos e imbecis estamos bem representados. Coitados dos participantes Só ouvirão m...a.
ResponderExcluirEm termos de cretinos e imbecis estamos bem representados. Coitados dos participantes Só ouvirão m...a.
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