Na última segunda-feira, 6, o governo do presidente em exercício Michel Temer negou à presidente afastada Dilma Rousseff pedido para disponibilizar um avião da Força Aérea Brasileira para ela e seu staff viajarem para Campinas, em São Paulo, onde ela visitaria o Projeto Sírius, que trabalha na construção de um acelerador de partículas, e participaria de um encontro com intelectuais.
Interlocutores da presidente afastada têm destacado que a postura de Temer visa impedir que Dilma percorra o país para defender o seu mandato e citam, inclusive, que Temer - quando era vice - viajou por dois meses para fazer a campanha de reeleição dele para o PMDB. "O vice sempre teve mais de 40 assessores e o vice não fazia nada. Ele viajou o país todo e nunca foi questionado", disse uma pessoa próxima a Dilma.
O documento protocolado pela defesa de Dilma informa ainda que, devido ao indeferimento do uso de aeronave da FAB para deslocamento a Campinas (SP), as viagens da petista "serão feitas por meio terrestre ou aviões de carreira".
"Naturalmente, estando Vossa Excelência cientificado do ocorrido, e sendo o Gabinete de Segurança Institucional órgão subordinado a Presidência da república, cumpre também salientar que a responsabilidade por quaisquer situações que violem a segurança pessoal da Sra. Presidente da República, ou a atinjam em qualquer medida, ao longo desses deslocamentos, serão de responsabilidade exclusiva e pessoal da Presidência em exercício", diz o texto.
Na internet, brasileiros já se mobilizam para receber a presidente com vaias e panelaços nos aeroportos.
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