Temer e COI não se acertam sobre convite a Dilma nas Olimpíadas. Presidente interino disse que cabe à organização, mas presidente do comitê negou
O presidente interino Michel Temer disse, nesta terça-feira (14), que não comentaria o pedido do Ministério Público Federal de suspender os direitos políticos de seu aliado, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"Se eu respondesse a essa questão, estaria interferindo, como presidente da República, numa matéria que não cabe ao Executivo", afirmou, suspendendo a breve entrevista que concedeu nas instalações do Parque Olímpico, no Rio de Janeiro, em sua primeira viagem oficial como presidente.
"Isto é da organização das Olimpíadas, né? Não é de hoje que eu falo em pacificação do país, da unidade do país. O que não podemos ter é brasileiros disputando contra brasileiros. Isso foge à tradição sentimental do nosso povo. As olimpíadas revelarão a possibilidade de reunificação do pensamento nacional. Não tenho nenhuma objeção (ao convite a Dilma). Para mim tanto faz", disse Temer.
Na manhã desta terça-feira, logo após reunião com Temer, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse aos jornalistas que a presença e o convite a autoridades brasileiras, inclusive à presidente afastada Dilma Rousseff, competia ao governo.
"Os convites a autoridades políticas não são de responsabilidade do COI e não temos nada a falar sobre isso", disse Bach, em referência a Dilma, para complementar em seguida: "Os convites a autoridades brasileiras não são feitos pelo COI", afirmou Bach.
Pelo sim, pelo não, pelo jeito Dilma vai assistir à cerimônia pela televisão.
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