De acordo com o jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira, os pagamentos ilícitos foram feitos para que o FI-FGTS adquirisse debêntures de R$ 750 milhões da empresa LLX, que pertence a Eike, o que ocorreu em 2012.
Aos investigadores, Cleto relatou não ter tratado diretamente com Eike sobre o assunto. Quem fazia a cobrança de propina era o próprio Eduardo Cunha, segundo ele. Em seu depoimento, o ex-vice-presidente da Caixa detalhou que os pagamentos ocorriam por meio de contas no exterior, como no Uruguai. O acordo colaboração de Cleto foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no último dia 17.
Os envolvidos negam as acusações. Em nota enviada à Folha, Cunha afirmou que "desconhece a delação premiada" de Fábio Cleto. "Desminto a afirmação e o desafio a provar".
A defesa do empresário Eike Batista, disse que ele "repele categoricamente" as acusações, que não há indícios de que ele tenha se envolvido com pagamentos de propina e que não há nenhuma imputação contra ele nesse sentido.
O advogado de Fábio Cleto, Adriano Salles Vanni, não quis comentar o conteúdo do depoimento.
Já o corretor de valores Lucio Funaro informou, por meio de uma nota, não ter "conhecimento da delação nem dos fatos narrados na mesma" e que "está à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos".
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