Em almoço nesta quarta-feira (6), com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com os ex-ministros Jaques Wagner e Ricardo Berzoini, no Palácio da Alvorada, Dilma foi aconselhada a aumentar o tom dos ataques à condução da economia, sob o argumento de que o chamado Plano Temer levará ao agravamento da recessão.
"Nós decidimos que precisamos melhorar a comunicação entre nós", afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR), entusiasta da proposta de um plebiscito popular para a convocação de novas eleições presidenciais. "Sou amigo do Temer, mas o que ele está fazendo não dá", afirmou.
Embora até petistas considerem improvável a chance de Dilma voltar ao Planalto, a ideia é mostrar que ninguém jogou a toalha. Na tarde desta quinta-feira (7), por exemplo, a presidente afastada terá um encontro, no Alvorada, com presidentes do PT, do PC do B e do PDT e outros representantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Ali começará a ser alinhavada a Carta ao Povo Brasileiro às avessas.
Em 2002, quando Lula venceu pela primeira vez a disputa ao Planalto, a carta compromisso tinha o objetivo de acalmar o mercado. Quatorze anos depois, o PT cobra de Dilma que apresente um compromisso público sobre o rumo de seu governo se o impeachment for derrotado, conforme resolução política aprovada pelo Diretório Nacional do partido em 17 de maio.
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