Entre os temas negociados, estariam informações sobre o partido, a presidente afastada Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-diretor da estatal se compromete agora a apresentar provas de que o ex-presidente sabia do esquema.
Esta é a terceira tentativa de delação de Duque, que foi diretor da Petrobras entre 2003 e 2012, indicado na cota controlada pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. As tratativas estão em fase de discussão de anexos, na qual a defesa elabora um esboço dos crimes que ele vai confessar e os fatos que vai relatar, em troca de benefícios e redução de pena.
Alvo. A colaboração premiada de Duque, se aceita pela Procuradoria e homologada pela Justiça, pode ser a primeira a ligar diretamente Dilma ao esquema na Petrobras. Semana passada, a presidente afastada virou alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal por tentativa de obstrução às investigações.
Duque mudou seu endereço prisional no mês passado. Deixou o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, e voltou à carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para facilitar as entrevistas com investigadores.
Apesar das duas outras tentativas frustradas, o contexto agora é considerado outro. As negociações avançam às vésperas do julgamento final da cassação do mandato presidencial de Dilma, no Senado, e da conclusão dos primeiros inquéritos que têm Lula como alvo da Lava Jato.
Outro lado. A assessoria de imprensa do Instituto Lula afirmou, em nota, que os operadores da Lava Jato “persistem na prática inconstitucional de antecipar juízos sobre investigações em curso e de fomentar propaganda opressiva contra o ex-presidente. Mesmo depois de uma devassa, não conseguiram produzir uma prova sequer para denunciar Lula”. As assessorias da presidente afastada Dilma Rousseff e do PT não comentaram o assunto.
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