De acordo com o MST, a ocupação visa denunciar a falta de produtividade da área de 1.909 hectares, que teria 600 cabeças de gado, lotação inferior à necessária para atingir os índices de produtividade exigidos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O índice de 0,31 cabeças por hectare seria muito baixo "para quem diz representar o moderno modelo do agronegócio", segundo nota do MST. O movimento informou ter pedido ao Incra a vistoria da área em 2014. Ainda segundo o movimento, parte da fazenda não foi declarada pela senadora à Justiça Eleitoral.
Em nota, a senadora Ana Amélia informou que a fazenda Saco de Bom Jesus foi vendida em 2014 e o processo de transferência ao novo proprietário está em fase de conclusão. "Essa propriedade rural fazia parte de um espólio no qual eu e as filhas do meu marido, Octávio Cardoso, falecido em 2011, éramos herdeiras. A venda ocorreu em agosto de 2014, conforme registro no Cartório do 2º Tabelionato de Notas, em Itumbiara (GO), e foi declarada no imposto de renda de todos os herdeiros na declaração seguinte, como determina a lei."
Ainda segundo a senadora, a área já havia sido alvo de outras denúncias "caluniosas" por parte do mesmo grupo na campanha eleitoral de 2014, no Rio Grande do Sul, e o Procurador-Geral da República determinou o arquivamento pela improcedência da denúncia. "Lamento que seja uma retaliação do MST pelo meu voto favorável ao impeachment. Esta é uma reação antidemocrática por não aceitarem a decisão tomada pelo Senado Federal", afirmou. O Incra informou que o imóvel já foi vistoriado e está em processo de verificação da cadeia dominial para a conclusão do laudo.
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